Os chineses parecem ter despertado para o valor de seu patrimônio histórico. O primeiro indício palpável ocorreu há dois anos, quando o cineasta italiano Bernardo Bertolucci teve permissão para filmar O último imperador na Cidade Proibida de Pequim. A partir de então, o governo chinês iniciou os trabalhos de restauração de alguns famosos monumentos antigos da capital, como o colar de palácios da Cidade Proibida, desde o século XIV a residência oficial dos imperadores, como o celebrado Pu Yi.
Para restaurar milhares de obras de arte, espalhadas pelos 9 mil aposentos existentes nos 720 mil metros quadrados da Cidade Proibida, mobilizou-se um pequeno exército de marceneiros, pintores, desenhistas, escultores e outros artesãos especializados. A recuperação dos monumentos também exigiu um gasto à altura dos imperadores que os habitaram. Mas a prefeitura de Pequim aposta que o turismo pagará a conta.