Paulo Boccato
Um dos grandes do cinema japonês, o diretor Yasujiro Ozu (Era uma Vez em Tóquio e Pai e Filha, entre outros), fazia seus filmes com uma câmera quase estática e colocada ao nível do chão. Em O Anticinema de Yasujiro Ozu (Cosac & Naify), o também cineasta Kiju Yoshida busca a essência do que chama de “estilo Ozu”. Para ele, Ozu ironizava a linguagem cinematográfica, procurando desmentir os que buscavam profundidades ocultas em seu trabalho. Um modo de encarar o cinema bem distinto do que se vê hoje, quando tudo tem que ser óbvio, explícito.