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E se o folclore brasileiro ganhasse pôsteres?

Convidamos artistas para revisitar os mais icônicos personagens da cultura do país. Conheça as histórias das lendas

Por Ayslan Monteiro e Emilãine Vieira para Abril Branded Content
Atualizado em 11 mar 2024, 15h55 - Publicado em 22 ago 2017, 18h01

Em 22 de agosto comemoramos o Dia do Folclore. Em parceria com o Bradesco, convidamos designers e ilustradores brasileiros para representar em imagens o rico acervo de fantasias e lendas que contam um pouco da cultura do nosso povo.

Spoiler: se você acha que o nosso folclore é recheado de histórias para criancinhas dormirem, é melhor parar por aqui. Mas, se a coragem aparecer, dá até para fazer o download do pôster do seu personagem preferido depois de conhecê-lo melhor. 😉

Curupira

Todo mundo conhece o homenzinho baixo, de cabelos em chama e pés virados para trás. Segundo as histórias infantis, o Curupira é o protetor dos animais e adora pregar peças em caçadores com a ajuda de suas pegadas ao contrário, fazendo-os se perderem no meio da mata. Já de acordo com as lendas indígenas, a proteção proporcionada pela criatura vai muito além.

O Curupira, também conhecido como Caipora ou El Cipitío em tribos latinas, é uma espécie de demônio da natureza que usa bruxaria para enganar humanos predadores da natureza. A sua principal estratégia contra os exploradores é transformar toda a família deles em animais. Desavisados, os homens caçam os bichos e perdem a sanidade ao perceberem que acidentalmente mataram suas esposas e filhos. Eita!

Curupira
(Willian Santiago/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

Saci-Pererê

Simpático, travesso e pula em uma perna só? Ih, o Saci-Pererê está longe de ser apenas o danado moço que conhecemos das séries infantis. Essa representação teria sido modificada para deixar o personagem mais divertido e menos assustador.

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Na verdade, várias tribos indígenas possuem lendas similares à do Saci e, em cada uma delas, ele recebe um nome diferente. O mais conhecido é Iaci Pererê. Na versão original da lenda, ele não vive aprontando nas cozinhas de senhorinhas fofas, não: o Saci é uma entidade da floresta que assassina homens perdidos e usa o poder do seu colar, o baêta.

Saci-Pererê
(Luis Matuto/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

Iara

A lenda da sereia brasileira teria tido origem no norte do país, onde ficou conhecida como uma linda mulher que encanta pescadores e os leva para o fundo do mar.

Mas as primeiras histórias sobre Iara são ainda mais interessantes: ela era uma grande guerreira de sua tribo que causava inveja em seus irmãos. Quando eles colocaram em prática um plano para matá-la, Iara conseguiu fugir e acabou caindo no Rio Solimões em uma noite de lua cheia. Os peixes a resgataram e a transformaram em sereia. Como vingança contra os homens, Iara, que tem no seu nome o significado de “aquela das águas”, enfeitiça todos aqueles que olham em seus olhos, levando-os à loucura – só o feitiço de um pajé pode salvá-los.

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Iara
(Manu Cunhas/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

Mula Sem Cabeça

Ícone bastante presente nas regiões rurais do país, a Mula Sem Cabeça é personagem de várias lendas. A principal variação delas diz que a mula era uma bela mulher que se envolveu com um padre. Esse seria o castigo para qualquer uma que cometesse o mesmo tipo de pecado: virar uma mula  com chamas no lugar do que seria a cabeça. Depois, a história foi adaptada por famílias tradicionais para incentivar suas filhas mais jovens a fazer sexo somente após o casamento.

Mula-Sem-Cabeça
(Rômolo D’Hipólito/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

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Lobisomem

Muito antes de Remus Lupin ou Fenrir Greyback, o lobisomem já vagava por aí. Espécie de lobo com características humanas, ele é uma lenda muito difundida por todo o mundo. Acredita-se que o mito surgiu na Grécia e depois se espalhou pela Europa, eventualmente chegando ao Brasil. Em terras tupiniquins, a história ganhou novas particularidades e passou a ser repassada não apenas como um mito, mas como um fato. Um Lobisomem surgiria em uma família ao ser o sétimo filho de um casal.

Duas vezes no mês, o amaldiçoado se transforma e sai vagando por sete regiões da cidade onde mora, uivando para a lua e caçando bebês não batizados. A lenda do Lobisomem ainda vive em várias cidades do Nordeste e faz com que muitas famílias procurem batizar os seus filhos o mais rápido possível. A única arma possível contra o maldito seria uma bala de prata.

Lobisomem
(Jonathan Cruz/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

Boto-Cor-de-Rosa

Na Amazônia, uma das lendas locais mais comuns é a do Boto. Um homem que se transforma no ser aquático para seduzir mulheres que se aventuram na beira dos rios. Nas versões mais conhecidas do conto, após seduzi-las, o ser mitológico as engravida e depois some. Não por acaso, várias jovens grávidas já andaram alegando que seus filhos eram “do boto”. Pois é.

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Em versões mais sombrias da história, as vítimas do Don Juan aquático na verdade eram as chamadas cunhãtãs, índias pré-adolescentes de beleza rara. Após a cópula, elas não ficavam grávidas, e sim em um estado catatônico, ou, como os ribeirinhos costumavam chamar: mundiadas.

Boto Cor-de-Rosa
(Tavinha Prim/Abril Branded Content)

Download do pôster do Curupira

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