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Escolhas de dezembro

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 20 dez 2011, 22h00

Karin Hueck

1. O que fazer com a maconha?

“A guerra contra as drogas fracassou.” Quem disse isso não foram universitários, mas ex-presidentes do México, Brasil e Colômbia, um ex-secretário-geral da ONU e um ex-presidente do Banco Central americano – todos membros da Comissão Global de Política de Drogas. É com isso em mente que o jornalista (e ex-diretor de redação aqui, da SUPER) Denis Russo Burgierman viajou por 5 países para observar o que as sociedades têm feito para conviver com uma droga: a maconha. Na Holanda, conheceu as salas de tratamento nas quais usuários podem usar drogas sob o cuidado do governo, mas que estavam vazias. Simplesmente não havia mais dependentes para tratar. Em Portugal, Denis testemunhou o único país que tirou as drogas do sistema judiciário e as trata como uma questão de saúde. Por lá, se você for apanhado usando, vai ser encaminhado para conversar com psicólogos, médicos ou assistentes sociais – nada de policiais. Em comum, todas têm uma coisa: desistiram de fazer guerra e tentam traçar novos caminhos.

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O fim da guerra, Denis Russo Burgierman, Leya, 288 páginas, R$ 29,90.

Entrevista com o autor

A guerra contra o tráfico não funciona: corrompe policiais e juízes, lota as cadeias, usa trabalho infantil. O que mais o incomoda nesse sistema?
Acho que o mais pernicioso é o fato de que estamos tornando os traficantes milionários. Isso é terrível. A gente está premiando os piores indivíduos da sociedade. A demanda existe, o Estado se abstém porque não pode regulamentar. Assim, acabamos enriquecendo os traficantes. E dinheiro é poder. Por isso eles conseguem fazer todo o resto.

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De acordo com o seu livro, políticos e policiais têm medo de afrouxar as medidas contra drogas com medo de “passar a mensagem errada”. Qual mensagem você acha que o seu livro passa?
Acho que o livro pode assustar algumas pessoas. Se você se posiciona, logo parece que você está fazendo apologia. Se você falar sem pânico sobre o assunto, parece que vai usar drogas. Mas não é isso. Todo mundo acha que a pior coisa que pode acontecer para alguém é experimentar drogas. Mas não: a pior coisa é ter crianças viciadas em crack. São modos diferentes de usar a droga. É a mesma coisa da pessoa que toma um chope depois do trabalho e da outra que toma garrafas inteiras de pinga e depois bate na mulher. Acho que tem que ter essa distinção.

Você ainda não tem filhos. Mas, se os tivesse, como explicaria para eles sobre maconha?
Eu partiria do princípio de que é eles que vão escolher o que fazer. Simplesmente botar medo no filho não funciona – afinal, ele pode acreditar em mim ou não. E claro que vai chegar algum momento na vida em que ele terá a oportunidade de experimentar drogas. Por isso, acho que eu falaria sobre riscos e cuidados. E me colocaria à disposição para conversas e diálogos, claro.

Por que você acha que tantas pessoas têm medo de discutir o assunto?
Isso envolve dois comportamentos que são muito naturais do ser humano: usar substâncias psicoativas e olhar com tabu para as substâncias psicoativas dos outros. Principalmente de pessoas de outras classes sociais e cultura. A nossa droga, a que é aceita na nossa sociedade, é o álcool. Então, quando falamos de maconha, é normal as pessoas terem essa reação.

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2. Ele é o cara

“A gente tinha os mesmos gostos em carros, roupas e… bem, mulheres, obviamente”, diz Eric Clapton neste documentário sobre o Beatle George Harrison. Em 1979, Clapton roubou a mulher de Harrison, Pattie Boyd, e criou assim o mais famoso triângulo amoroso do rock. Mas a maioria das histórias do filme é mais lisonjeira: George é mostrado como gênio inquieto, inovador musical e homem bondoso. A pedido da viúva do músico, Martin Scorsese topou dirigir o documentário, que usa entrevistas de Paul McCartney, Ringo Starr e Yoko Ono para relembrar a vida do guitarrista – e dá motivos para você esquecer Paul e John e abraçar George como seu Beatle favorito.

George Harrison: Living in a Material World, sem previsão de lançamento no Brasil. (Mas tem no YouTube! https://abr.io/1WI0)

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3. Nos olhos de quem vê

Não é de hoje que os cientistas sabem que se misturarem digitalmente rostos de pessoas feias o resultado será uma pessoa bonita. (Sim. 1 narigudo + 1 vesgo + 1 orelhudo = 1 rosto bonito.) Neste link, você consegue simular essa mistura, escolhendo as pessoas mais horrendas disponíveis – e criando uma bonita. Dá até para você colocar sua foto no meio e se disponibilizar para uma pesquisa de beleza facial:

www.faceresearch.org/demos/average

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4. Lar, histórico lar

Até o século 13, na Inglaterra, as casas eram uma espécie de galpão sem quartos ou divisórias, no qual famílias, servos e escravos moravam. Refeições, conversas e relações íntimas eram feitas todas no mesmo ambiente, geralmente ao redor de uma grande fogueira no centro. Como não havia escape para o fogo, as pessoas conviviam com fumaça acima da cabeça. Quando, finalmente, em 1330, as primeiras chaminés foram inventadas, nasceu com elas um espaço livre de fumaça perto do teto – e a possibilidade de construir um segundo andar. Assim, foram criados os aposentos privados, os quartos e, enfim, a separação física entre senhores e escravos. As nossas casas guardam dentro de si a história da humanidade: de culturas distantes, de guerras e de relações sociais. É (toda) essa a história que Bill Bryson conta neste livro.

Em casa – uma breve história da vida doméstica, Bill Bryson, Companhia das Letras, 533 páginas, R$ 49.

5. Pra que essa boca tão grande?

Depois dos vampiros de True Blood e dos zumbis de Walking Dead, agora os monstros de contos de fadas viraram série. Em Grimm, lobos maus e bruxas convivem (nem tão) disfarçadamente entre humanos e às vezes se alimentam de um ou dois de nós. Resta a alguns caçadores, chamados de Grimm (assim como os irmãos alemães que escreveram os contos de fadas no século 18), lutar contra as feras.

Grimm, 28 de novembro às 21h no Universal Channel.

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