Estudantes belgas deixam de capturar Pokémons para caçar livros
A brincadeira foi criada no dia 12 de agosto e, desde então, 47.848 pessoas estão inscritas no grupo dos caçadores de livros
Esqueça Bulbasauro, Charmander, Pikachu e outros monstrinhos. Depois da febre mundial de Pokémon Go, o que vem fazendo sucesso entre os belgas é a brincadeira Chasseurs de livres(Caçadores de Livros, em português).
Inspirada pela realidade virtual do jogo da Nintendo, Aveline Grégoire, a diretora de uma escola primária na cidade belga de Farcienne criou um grupo no Facebook para procurar livros nas ruas. O conceito é bastante simples: o jogador escolhe um livro que queira doar ou compartilhar com outras pessoas, deixa em um local público e de fácil acesso e então posta uma foto no grupo, indicando onde a obra foi deixada. Depois que a pessoa terminar a leitura, deve retribuir: devolver o tesouro ou abandonar outro livro para que um próximo jogador possa também possa ler.
Ok, não é tão high-tech quanto Pokémon Go, mas nem por isso é menos atraente. A brincadeira foi criada no dia 12 de agosto e, desde então, 47.848 pessoas estão inscritas no grupo dos caçadores de livros. As obras variam de clássicos e livros infantis à livros de autoajuda e romances eróticos – a maioria deles é doada em embalagens plásticas para ficarem protegidos das mudanças do tempo. Junto com o livro, muitos jogadores escrevem uma carta ao próximo leitor ou a instrução do grupo, que diz: “Sou um livro abandonado. Me capture, me leia e me liberte na natureza”.
Vendo a grande repercussão da brincadeira, a idealizadora, Aveline Grégoire, pensa agora em passar de fase e transformar o jogo em um aplicativo.
Se o leitor tiver sorte em encontrar os títulos certos, a caça aos livros pode realmente virar uma caça ao tesouro.