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“Filmar Star Wars é um sabre de luz de dois gumes”, diz J.J. Abrams em entrevista

A SUPER foi a Los Angeles para uma entrevista exclusiva com J. J. Abrams, o diretor do novo Star Wars VII: O Despertar da Força, que estreia em 17 de dezembro.

Por Marcel Nadale
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 21 ago 2015, 18h15

Magrinho e simpático, Abrams é um fã no papel de diretor e conhece cada detalhe do universo de Star Wars. O cineasta de 49 anos sabe o tamanho da responsabilidade que carrega nas costas, mas não parece estar preocupado – diz que criou um novo vilão, totalmente diferente de Darth Vader, e que a nova trilogia não vai ficar apenas na velha luta do “bem X mal”. Será a hora de um Lado Cinzento da Força?

Quando você entrou no projeto, quanto dele já havia sido definido? Trama, personagens, objetivos?
Nada. Zero. 

Toda essa liberdade não foi intimidadora? A possibilidade de seguir em qualquer direção?
Foi um pouco, no começo. Foi uma parte importante da experiência de fazer esse filme. Foi como um sabre de luz de dois gumes: de um lado, o potencial e as oportunidades ilimitadas; do outro, o terror dessas mesmas coisas. Senti, como senti ao longo da produção, muita sorte de trabalhar com gente incrivelmente talentosa e capaz, como ter Lawrence Kasdan como roteirista, e Kathleen Kennedy como produtora. Recebi uma grande página em branco no início, mas é assim que tudo começa.

Havia algum elemento específico que você gostaria de explorar nesse filme? Um tema, um tipo de personagem, uma cena de ação, uma emoção, um relacionamento?Para mim, havia muita coisa. Sem revelar demais, quis trazer para a nova história o mesmo espírito que senti quando era pequeno e vi o primeiro filme. Era a história de um “qualquer” (seja um homem ou uma mulher), um “zé ninguém”, que precisava perceber que era alguém, que estava no pé da escada e tinha que escalar essa escada ao longo da história, e que precisa descobrir que ele ou ela é importante. O filme mostrava o incrível mundo de Star Wars pelos olhos de alguém que não é uma elite, um privilegiado, era alguém com quem você podia se identificar. Para mim, esse era o poder de Star Wars. Contava a história de alguém batalhador, desesperado, bem-intencionado, romântico, esperançoso, que era uma pequena engrenagem numa enorme máquina, mas que mesmo assim derrotava o inimigo, superava um obstáculo e conseguia o impossível. Isso, para mim, é um sentimento inspirador e maravilhoso. Eu sabia que, entrando nesse projeto, havia tantas coisas que eu poderia fazer, ideias para sequências de ação que a gente queria fazer e fez, mas também coisas que eu estava desesperado para fazer, mas não havia espaço. Ideias de naves, objetos de cena e lugares que não entraram no corte final, outras que entraram, uma tonelada disso. Mas, no coração disso estava o espírito do filme. 

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O que você pode nos contar a respeito de Kylo Ren [que deve assumir o papel de vilão]? Seu visual, sua espada com manopla transversal… O que mais você pode nos contar?
Não posso dizer mais do que já foi dito… Eu terei de ser um mal entrevistado neste caso. Se a pergunta for diretamente “o que mais você pode dizer do personagem”, não posso ir adiante, a não ser adiantar que ele é uma figura essencial na trama.

Então deixe-me refazer a pergunta. Como você enxerga a relação, dentro ou fora do filme, entre ele e Darth Vader, que é um dos vilões mais icônicos da história do cinema?
Foi intimidador. Não há quem vá preencher o espaço de Darth Vader. Você não pode criar um personagem para ser “o próximo Vader”. O que George Lucas fez com aquele personagem foi poderoso demais. O aspecto maravilhoso da nossa história é que Kylo Ren, como todos os outros personagens, está ciente do que veio antes. O reconhecimento de quem foi Vader, neste filme, neste mundo, é algo que permite que Ren se torne um tipo diferente de personagem. O que não poderíamos fazer e não queríamos – talvez nem conseguiríamos – era criar outro vilão que soasse como Vader. Que soasse vazio ou repetitivo. Tentamos criar um personagem que tinha uma abordagem, uma atitude e uma história bem diferente.

Os filmes originais giram em torno do bem contra o mal, o Lado Negro X o Lado Luminoso. O mundo hoje é bem mais complexo hoje do que era há 40 anos, mas Star Warsainda é preto no branco. Você acha que um dia veremos o “Lado Cinzento” da Força? Algo no meio, ambíguo?
Acho que um único filme não consegue fazer tudo. No caminho que estamos trilhando nessa saga, as coisas chegam a um ponto mais parecido com essa linha que você está mencionando [moralmente ambíguo]. Acho que ninguém quer fazer algo que é muito simples ou só um remake. O que é interessante nesse mundo é que, embora haja uma simplicidade do Lado Negro e do Lado Luminoso, é na intersecção dos dois que temos algo realmente interessante.

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Já viu o trailer do filme?  

 

A entrevista completa você verá em breve na SUPER – e também o que Abrams entregou sobre o novo filme.

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