Theo Bastos / Odebrecht / Divulgação (/)
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1/12 O Museu do Amanhã, inaugurado no Rio de Janeiro em dezembro de 2015, foi projetado para ser um novo cartão postal da cidade. Mais do que um lugar para visitar, ele é, por concepção, uma paisagem para fotografar e compartilhar. Já vem até com hashtag : o letreiro "#cidadeolimpica" foi planejado em lugar estratégico para aparecer nas fotos de quem clicar do alto do vizinho Museu de Arte do Rio (MAR). () 2/12 O museu será um prédio-símbolo do novo bairro que o Rio está criando em seu centro histórico: o Porto Maravilha. O bairro surgiu na antiga região portuária da cidade após a demolição da Perimetral, a avenida suspensa que, como tantas outras avenidas suspensas mundo afora, levou toda a área à decadência. Inspirado pelo bairro de Barceloneta, criado em Barcelona por ocasião das Olimpíadas de 1992, o Porto Maravilha terá muitas torres comerciais, como a Trump Tower. Os museus darão uma pátina cultural. Os VLT (veículos leves sobre trilhos) elétricos ainda não começaram a funcionar, mas já estão no local. () 3/12 O prédio, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, não prima pela discrição. Sua característica mais notável são as espinhas que o recobrem, que são placas solares que vão se movendo ao longo do dia. O museu será cercado por árvores, mas só quando o amanhã chegar. Por enquanto, elas são pouco mais do que mudas. () 4/12 Uma das atrações mais espetaculares é o filme que mostra a demolição da Perimetral - a primeira das exposições temporárias do Museu do Amanhã. Além de mostrar o filme captado pelo artista Vik Muniz e pelo cineasta Andrucha Waddington, a instalação enche o ar de fumaça (na realidade é gelo seco) e o público é impactado pelos sons de sirenes e de explosões. () 5/12 No hall de entrada do Museu do Amanhã, a estrela é uma grande esfera que representa a Terra. Para chegar aqui, normalmente é preciso enfrentar filas, principalmente nos finais de semana e nas terças-feiras, quando a entrada é grátis (nos outros dias é R$ 10). Mas, graças a um bom sistema de controle do fluxo de pessoas, o resto da visita tende a ser tranquilo. () 6/12 Logo na entrada, o visitante entra numa esfera. No interior dela, 10 projetores passam um filme 360° de autoria do cineasta Fernando Meirelles, que se propõe a contar em poucos minutos a história do Universo. Pode ser uma ambição meio excessiva, mas o impacto das imagens como estas águas vivas flutuando ao redor do público é inegável. () 7/12 Em seguida o visitante vê um grande painel com centenas de imagens de satélite da Terra. Como muito do museu, essa exibição tem um pouco de gosto de internet - ela se parece com a experiência de navegar no Google Earth. Natural que seja assim: o Museu do Amanhna praticamente não tem acervo. Quase tudo que está exposto são visualizações de arquivos digitais, que podem ser acessados do computador de sua casa. () 8/12 Outra exibição de alto impacto é o Antropoceno, um círculo de grandes monitores verticais de LED que ficam mostrando imagens do impacto humano sobre o planeta. Antropoceno é, segundo alguns cientistas, o período geológico que estamos vivendo nos últimos cento e poucos anos, desde que a ação humana tornou-se a principal força modificadora do planeta. () 9/12 Cercados de torres altíssimas - mais altas do que aquelas que cercarão o museu quando o Porto Maravilha ficar pronto -, os visitantes veem os efeitos da ação humana sobre a Terra. Muitos dos dados exibidos são automaticamente puxados pelos computadores do museu diretamente da internet. Assim, os dados ficam sempre atualizados. () 10/12 Perto do final da visita, os visitantes são convidados a jogarem um jogo no qual têm que juntos zelar pelos recursos da Terra. O jogo é uma colaboração, não uma competição - só dá para ganhar se os quatro jogadores atuam em conjunto. Insitigante. Mas obviamente não é nenhum GTA, em termos de jogabilidade. () 11/12 O museu, apesar de altamente tecnológico, tem um astral levemente hippie, com frases de culturas ancestrais e ambientes como este, com cara de "orgânico". A ideia do museu é levar seus visitantes a refletirem sobre o amanhã. "Queremos mostrar ao público que o tempo não é uma estrada", diz o físico Luiz Alberto Oliveira, curador-chefe do museu. "Ele é mais como um delta de um rio - vários possíveis amanhãs se oferecem a cada momento." Construir o amanhã, portanto, é tarefa para se fazer hoje. () 12/12 No final da visita o visitante finalmente se depara com a única obra que está fisicamente no acervo do museu: esta escultura de uma estrela de 20 pontas, do artista americano Frank Stella. Ela flutua sobre um grande tanque cuja água é trazida das profundezas da baía de Guanabara e serve para resfriar o tórrido ambiente. Se o prédio se parece com um grande dinossauro branco, a estrela de Stella fica bem no lugar onde se esperaria que ele botasse um ovo. ()