Nelson Alves Jr.
Assistir a filmes de terror é para poucos. Interagir com essas histórias, apenas para os mais fortes. Mas é esse o desafio nos games de horror, gênero que vem crescendo há anos com enredos que misturam da esquisitice de David Lynch ao sobrenatural de Stephen King. Sustos, personagens psicóticos, tramas macabras e visual grotesco fazem desses jogos um prato cheio.
O mais paranóico
PS2/PC/Xbox – Silent Hill 4: The Room
Konami – R$ 130
https://www.konami.com/gs/silenthill4
A série tem como característica o terror psicológico, explorando ambientes claustrofóbicos e seres disformes. Nesse episódio, o protagonista fica preso num apartamento amaldiçoado e para se salvar viaja a mundos paralelos. Parece tolice, mas dá um pavor sem tamanho, principalmente pelos sons guturais e gemidos esporádicos.
O mais assustador
PC/Xbox – Doom 3
iD Software (PC) e Vicarious Vision (Xbox) R$ 100 (PC) e R$ 130 (Xbox)
Se tem algo que Doom 3 faz com maestria é assustar o jogador. Mesmo com o frenesi característico dos games de tiro, a apreensão é constante graças aos corredores sombrios e monstros que surgem quando menos se espera. Na versão para Xbox, lançada em abril, dá para jogar os 20 estágios da história em duas pessoas, via rede local ou internet.
O mais envolvente
GameCube – Resident Evil 4
Capcom – R$ 130
Mudança total no quarto episódio da saga. Os zumbis dão lugar a moradores ensandecidos de um vilarejo nos confins da Europa, de onde um agente especial deve resgatar a filha do presidente americano. A história, envolvente, é aplicada numa versão do jogo mais focada na ação e com a câmera sempre próxima ao personagem. Visualmente, está entre os mais belos dessa geração.
O mais imprevisível
PS2 – Siren
Sony – R$ 105
https://www.siren.playstation.com
O foco de Siren é a sobrevivência. O jogador precisa escapar de uma ilha no Japão, mas em boa parte do tempo anda sem armas ou objetos para defesa. Os 78 estágios se desenrolam desordenadamente, embaralhados em ações de diversos personagens. Cada um funciona como pista para entender o que transformou os locais em shibitos, ou simplesmente “mortos-vivos”.
O clássico – Alone in the Dark
PC – Infogrames/Atari
Considerado o pai dos games de terror, Alone in the Dark foi lançado em 1992 para PC. A aventura apresentou ao mundo o uso de ângulos fixos de câmera, dificultando a visão do jogador e trazendo a cada canto da mansão Derceto um novo susto. Entre as reviravoltas da história, descobre-se um local amaldiçoado, cheio de seres infernais.
Uma dica – Serra Elétrica Resident Evil 4
NUBYTECH – R$ 130
Um controle curioso: trata-se da réplica da serra elétrica utilizada pelos vilões de Resident 4, com direito a sangue, um chip que imita o som e o tremor do aparelho real e todos os botões do joystick normal de GameCube. O trambolho – que também serve como a peça de decoração mais inusitada da casa – pode ser encontrado no https://www.lik-sang.com.