Rio de Janeiro, 1980. A escola de samba Mangueira homenageia Garrincha (André Gonçalves), o “anjo das pernas tortas”, convidando-o a ocupar um lugar de honra. O driblador irreverente, “a alegria do povo” não consegue cruzar a pé a Marquês de Sapucaí. Recém-saído de uma internação por alcoolismo, desfila sentado em um carro alegórico. O olhar perdido do grande jogador em meio a aplausos dá início a memórias de amigos e amantes. Cada um guarda uma lembrança particular de Garrincha, de 1953 a 1962: herói, ingênuo, indisciplinado, amante infiel, um homem capaz de triunfos que em nada sinalizavam as derrotas no fim da vida. Baseado no livro Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha (Companhia das Letras), de Ruy Castro, a produção teve a consultoria das 11 filhas do jogador. Nas telas, a estrela é a bela Taís Araújo, que interpreta a cantora Elza Soares nos mínimos trejeitos. O gol de placa, porém, está em cenas nunca vistas no Brasil da Copa de 1962, garimpadas em arquivos de emissoras de TV chilenas e mexicanas.
Garrincha – Estrela Solitária, Brasil/Chile, 2003
Com André Gonçalves e Taís Araújo. Direção de Milton Alencar. Estréia prevista para setembro