Jones Rossi
Patópolis, Tio Patinhas, Professor Pardal e os Irmãos Metralhas são invenções suas. E a melhor fase do Pato Donald deu-se sob sua talentosa pena. Ele é Carl Barks, considerado um dos melhores desenhistas da história dos quadrinhos de todos os tempos.
Em comemoração aos 70 anos de Donald, está saindo a coleção O Melhor da Disney – As Obras Completas de Carl Barks. Impressa em papel de luxo, a coleção é dividida em dez fases de quatro volumes, com 180 páginas cada, compreendendo momentos diferentes da carreira de Barks. O último livro deve sair apenas em 2006.
A primeira fase, a da “maturidade”, vem com as histórias publicadas entre 1954 a 1959, no gibi Walt Disney’s Comics and Stories. Além dos quadrinhos, o livro traz 16 páginas com informações sobre o autor, as aventuras e reproduções das capas originais.
Barks começou a trabalhar na Disney na década de 30, no setor de desenhos animados, onde produzia as histórias do Pato Donald. Em 1942, deixou a empresa para cuidar de sua fazenda, mas acabou sendo contratado para fazer os quadrinhos de Donald.
Foi então que começou a fazer história nos gibis com seus roteiros excelentes, os cenários bem trabalhados e o ritmo cinematográfico das aventuras. George Lucas e Steven Spielberg se dizem influenciados por Barks – a famosa cena da pedra rolando no filme Os Caçadores da Arca Perdida é inspirada em uma aventura do Tio Patinhas.
Também moldou Donald como o pato nervoso, azarado e atrapalhado que conhecemos, talvez o mais humano dos caracteres da Disney. Até sua aposentadoria, em 1966, criou mais de 500 histórias com o personagem. Barks morreu em 2000, aos 99 anos.