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Música eletrônica: Múltiplas batidas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 30 set 2003, 22h00

Matthew Herbert Big Band – Goodbye Swingtime (Accidental) Importado

Só a reunião de 16 músicos de verdade, tocando instrumentos de verdade, num estúdio de verdade, para um disco de música eletrônica, já merece crédito. Acrescente o nome de Matthew Herbert, um dos mais criativos produtores em atividade, e você já tem metade de um grande disco. A outra metade, bem, aí é que são elas. Com os álbuns “Around the House” e “Bodily Functions”, Herbert pôs a house no caminho do experimentalismo. Agora, ele radicalizou: gravou uma orquestra. O resultado é bom, mas não arrebata. A desconstrução e reconstrução de sons, sua marca registrada, dessa vez teve de respeitar arranjos complexos. A Mágica e Acidente (nome de seu estúdio) ficou comprometida. Pela ousadia, nota 10. Pela música, um 7 está de bom tamanho. E, se você ainda não ouviu nada de Herbert, está esperando o quê?

Sérgio Teixeira Jr.

Four Tet – Rounds (Domino) Importado

Não ouça “Rounds” no carro nem no ônibus. Não ouça lavando louça nem varrendo a sala. Quando for dedicar-se a este disco, pare o que estiver fazendo, ponha seu fone predileto e concentre-se na música. “Rounds” tem múltiplas dimensões. No primeiro plano está a bateria. Os ritmos fazem curvas diante dos seus olhos a cada compasso, como em “Hands”. As texturas orgânicas do fundo são sonhos esquecidos. Ponha suas ondas cerebrais na freqüência certa.

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Sérgio Teixeira Jr.

Dizzee Rascal – Boy in da Corner(XL) Importado

As batidas são quebradas, secas e recobertas por blips, blops e pesadas camadas de sintetizadores distorcidos. O fundo musical, em uma palavra, é perturbador. Pode ser a trilha sonora para um pesadelo ou para uma história triste, e essa parece ser justamente a intenção do MC inglês Dizzee Rascal. Com 19 anos, ele é apontado como a grande novidade da música inglesa. Seu disco é um hip hop como jamais se ouviu. Mistura tecno, garage e dub e fala com acidez de problemas que passam longe do mundo idealizado que se vê nos clipes da MTV. Não é música de fácil digestão, mas abra os ouvidos. O garoto ainda vai dar muito o que falar.

Sérgio Teixeira Jr.

Wax Poetic – Wax Poetic (Trama)

A Trama lançou no Brasil dois álbuns do clube/selo americano Nublu. Um deles é este ótimo “Wax Poetic”. São 18 faixas, todas com inspiração um pouco trip hop, um pouco acid jazz. Wax Poetic é uma viagem musical do tecladista/saxofo-nista Ilhan Ersahin e sua turma. O clima é o de uma jam session, onde cabem músicos, programadores e vocalistas – como a hoje pop Norah Jones, que integrou o grupo por dois anos e é responsável por bons momentos do álbum, como “Angels”. É uma excelente trilha para começar – ou terminar – a balada.

Gaía Passarelli

 

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