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Oscar dos quadrinhos bate recorde de indicações a mulheres

O prêmio Eisner, o mais importante das HQs, teve 61 nomeações a trabalhos feitos por quadrinistas do sexo feminino - o dobro do ano passado

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 10h03 - Publicado em 27 abr 2016, 17h15

Se você ainda pensa que quadrinhos são coisa de menino, pense de novo. Nos últimos anos, as mulheres têm conquistado cada vez espaço nesse universo, seja como leitoras, seja como produtoras. Toda essa efervescência não passou batida no Prêmio Eisner, o mais importante do ramo: o número de indicações a mulheres mais que dobrou desde o ano passado, batendo o recorde do próprio prêmio. Além disso, em sete das 30 categorias, há muito mais indicadas do que indicados – como em melhor quadrinho para adolescentes e melhor quadrinho digital. Os vencedores serão divulgados no dia 22 de julho, na Comic-Con International, em San Diego.

No total, são 49 mulheres, concorrendo em quase todas as categorias do prêmio – exceto em melhor quadrinho jornalístico. Essas artistas receberam 61 nomeações (até o evento do ano passado, esse número nunca havia passado de 30). Muitas das histórias selecionadas, como a nova Miss Marvel, de Gwendolyn Willow Wilson, e a Bitch Planet, de Kelly Sue DeConnick, têm mulheres como figuras centrais, e estão entre as mais cotadas para os maiores prêmios. 

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Não é exagero dizer que o meio dos quadrinhos é dominado por homens: no ano passado, o Festival de Angoulême Internacional de Quadrinhos (França), que também é um dos prêmios mais importantes dessa área, não tinha nenhuma mulher entre os nomeados – sendo que, em suas 42 edições, apenas uma mulher venceu o maior prêmio (a francesa Florence Cestac, em 2000). A ausência de mulheres levou, no começo deste ano, a um boicote coletivo do evento. Artistas famosos, como Milo Manara, deixaram de participar da premiação.  

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Aqui no Brasil, as coisas não mudam muito: entre os indicados ao troféu HQ Mix do ano passado, só 13% eram criações exclusivamente femininas – enquanto 82% eram trabalhos feitos por homens e 5% eram colaborações entre os dois sexos. 

As mais indicadas
Algumas publicações de mulheres se destacam entre nesta edição do Eisner. A primeira é a série Miss Marvel, de Gwendolyn Willow Wilson e Adrian Alphon, que causou furor no ano passado ao reapresentar a heroína como uma adolescente muçulmana chamada Kamala Khan. Miss Marvel está concorrendo a cinco prêmios: melhor nova série, melhor autor, melhor arte final, melhor artista de capa e melhor letrista. 

Outras HQs receberam três ou mais indicações – e todas são de artistas mulheres: Bandette, de Colleen Coover, que conta a história de uma adolescente que também é a melhor ladra do mundo; Bitch Planet, de Kelly Sue DeConnick, uma ficção científica que narra as aventuras de um grupo de mulheres; e Saga, de Fiona Staples, sobre um casal e sua filha tentando escapar de um planeta em guerra. Outros destaques incluem a short story “Darkness”, de Emily Carroll (que está disponível online), El Deafo, de Cece Bell, e Lumberjanes, de Shannon Watters, Grace Ellis, Noelle Stevenson e Brooke A. Alle. 

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Sobre Eisner e seu prêmio
Will Eisner é tido por muita gente como o pai dos quadrinhos. Criador do herói Spirit e autor de várias graphic novels e de diversos livros didáticos sobre narrativas gráficas, ele foi um dos primeiros a considerar as HQs uma forma de arte e de comunicação – e não só de diversão, como eram e ainda são vistas. Muito justo, então, que o “Oscar dos quadrinhos” levasse o seu nome. O Will Eisner Comic Industry Awards foi organizado pela primeira vez em 1987 por Dave Olbrich, um funcionário da editora Fangraphics, que, nos anos 1990, acabou passando a responsabilidade para a Comic-Con. 

Para selecionar os concorrentes, um grupo de cinco membros se reúne e cria a lista de indicados. Este ano, os jurados são o jornalista Brian Doherty, o quadrinista Danny Fingeroth, a integrante do conselho da Comic-Con Natalie Powell, os livreiros Jason Grazulis e Jason M. Poole, e Carol Tilley, da Universidade de Illinois. A lista de nomeados é divulgada em abril, e fica aberta para quadrinistas do mundo inteiro votarem e escolherem quem deve ganhar cada categoria. Finalmente, em julho, os vencedores são anunciados na Comic-Con International, que acontece anualmente em San Diego, na Califórnia. 

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