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Pokémon Go já é uma febre, mas talvez a humanidade não esteja pronta para o game

Por Jessica Soares
Atualizado em 4 nov 2016, 19h15 - Publicado em 8 jul 2016, 13h45

Não é novidade, mas a gente repete para poder saborear de novo a notícia: o sonho de se tornar um mestre Pokémon no “mundo real” finalmente é uma realidade. Pokémon Go, o jogo de realidade aumentada da franquia, foi disponibilizado oficialmente para dispositivos Android e iOS na Austrália, na Nova Zelândia e no Japão no dia 5 de julho – e, extra-oficialmente, para usuários do sistema operacional da Google de todo o mundo. Por meio da ferramenta APK, foi possível instalar o aplicativo no aparelho móvel e sentir um gostinho do jogo antes que a atualização de itens, locais e pokémons selvagens no mapa fosse interrompida. A desenvolvedora Niantic ainda não divulgou datas, mas a expectativa é de que jogo seja disponibilizado oficialmente nas lojas mobiles brasileiras em breve – e, a tomar pelas primeiras experiências com o game mundo a fora, ele deve tomar conta da vida de todos que tiverem um celular em mãos.

 

 

Para quem está por fora do assunto, vale primeiro se inteirar: através do jogo, quem estiver com GPS ligado pode passear pelo mapa real de sua cidade e capturar pokémons selvagens que estiverem próximos de sua localização atual. Habilitando a câmera do seu celular, é possível ver o bichinho ali, pertinho de você, e lançar pokébolas para tentar capturá-lo. As criaturas estão espalhadas de acordo com suas características – os aquáticos, por exemplo, são encontrados em regiões com maior proximidade de rios, lagos ou oceanos.

Adeus, produtividade

Quem estiver dando um rolê por aí também vai ver vários pontos brilhantes no mapa: localizados em monumentos ou prédios famosos, espaços culturais, estátuas ou até em grafites, as PokéStops oferecem itens como pokébolas e ovos. Há ainda os ginásios, espaços que serão defendidos por equipes divididas entre três cores (o usuário terá oportunidade de escolher o seu time) e onde os mestres em treinamento podem entrar em batalhas contra outros jogadores. Quem quiser desembolsar cerca de 35 dólares também pode adquirir o Pokémon Go Plus: um dispositivo que pode ser conectado aos celulares por meio do bluetooth e alerta o jogador sempre que um pokémon estiver nas redondezas. É o fim da produtividade, sim ou com certeza?

Vai ser uma experiência maravilhosa e/ou assustadora. Desconsidere o risco gigantesco de acidentes e furtos que dezenas de pessoas com a cara colada na tela vão enfrentar – poucas horas após o vazamento do jogo, já estão rolando por aí notícias que indicam que talvez a humanidade não esteja pronta para encarar esse joguinho.

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Prepare-se para encontrar aglomerações estranhas

Na Austrália, uma estação policial que aparece no mapa como uma PokéStop foi invadida por jogadores desavisados. A confusão foi tanta que a entidade precisou dar uma dica para os treinadores iniciantes: você não precisa adentrar os prédios que aparecem como pontos luminosos no jogo para ganhar itens, só chegar perto basta #ficaadica. Essa foi só uma das aglomerações inusitadas já proporcionadas pelo jogo – e certamente não será a última. Um dos usuários do game relatou ter ido parar no meio de um cemitério em busca por um pokémon. Se isso acontecer com você, é de bom tom não tentar capturar aquele Gastly maroto que está de bobeira perto do velório.

Gastly, querido

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Encontrar pokémons em lugares estranhos vai demorar a perder a graça

Em teoria, os monstrinhos do game estão espalhados pelo mapa de acordo com características do terreno e coordenadas de latitude e longitude. Mas, por erros no jogo ou coincidências felizes, as possibilidades de encontrar um pokémon em lugares (ou situações) constrangedoras são infinitas – e vão floodar sua timeline por um bom tempo.

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A parada é viciante

Basta jogar alguns minutos para sacar: caso você tenha qualquer tipo de ligação afetiva com a franquia Pokémon, sua vida não vai ser mais a mesma. O BuzzFeed da Austrália conversou com alguns usuários que comprovam que, por lá, a febre já é real: alterar rotas para passar perto de uma região com muitos matinhos, pular uma ou outra refeição para sair por aí coletando pokémons e pokébolas, dirigir usando o app… grupos de apoio precisarão ser criados.

Adeus, produtividade com a Misty

Existe uma versão falsa rolando por aí

Antes de ir correndo instalar o jogo em seu celular, fique atento: a empresa brasileira de segurança PSafe identificou um malware que, pegando carona na febre “tenho que pegar!”, usa a mesma identidade visual de Pokémon Go para espalhar um vírus para os dispositivos móveis. O APK, que inclui um código malicioso que infecta o aparelho do usuário, pede permissões diferentes das solicitadas pelo jogo oficial (como ler, apagar e enviar SMS; ativar e desativar redes Wi-Fi e 3G e até realizar ligações telefônicas). Melhor não bobear.

Adeus, produtividade com a Equipe Rocket

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