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Quando éramos loucos

Eles bebiam, usavam drogas, faziam orgias. E entraram em muma viagem que salvou Hollywood da falência e criou a atual indústria do cinema

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 30 set 2005, 22h00

Era uma vez Hollywood, no final dos anos 60. Os filmes que ela produzia não faziam mais sucesso. Na verdade, ninguém queria vê-los. Os grandes diretores de cinema, como Alfred Hitchcock e John Ford, estavam se aposentando, morrendo, ou em decadência. Muitos estúdios se encontravam à venda. Um deles, a Paramount, chegou a alugar suas dependências para escritórios de advocacia e até para festas de casamento para ganhar uns trocados. A coisa ia de mal a pior quando, enfim, surgiu uma geração que revitalizou a indústria do cinema e mudou para sempre o jeito de se fazer filmes.

Essa história não teve nada do glamour hollywoodiano. A nova geração era composta por diretores rebeldes como Robert Altman, Hal Ashby, Peter Bogdanovich, Francis Coppola, Stanley Kubrick, Brian De Palma e Martin Scorsese, e por atores como Warren Beatty, Jack Nicholson, Woody Allen, Dennis Hopper, Julie Christie e Elliot Gould. “Foi a geração do Vietnã e do amor livre, a última criativa no cinema dos EUA”, diz o jornalista americano Peter Biskind, autor de uma biografia que reúne histórias e depoimentos sobre a época: Easy Riders, Raging Bulls – How the Sex, Drugs and Rock ’n’ Roll Generation Saved Hollywood (Algo como “Sem Destino, Touros Indomáveis – Como a geração do sexo, drogas e rock ’n’ roll salvou Hollywood”, sem edição em português). “Não fosse por ela, é possível que Hollywood não existisse hoje em dia”, afirma Biskind. Parece exagero, mas não é. Em 1969, fazia 4 anos que nenhum estúdio lançava um megassucesso. O último havia sido A Noviça Rebelde, de 1965. Mas isso acontecera antes da pílula anticoncepcional e dos protestos contra a Guerra do Vietnã. As platéias queriam algo em sintonia com os novos tempos. E estes filmes vieram. Entre as películas que tiraram Hollywood da UTI estavam Sem Destino, de Dennis Hopper, de 1969, e M.A.S.H., de Robert Altman, do ano seguinte, que se tornaram estandartes da contracultura. Nunca antes na história do cinema made in USA tinha se falado (e principalmente mostrado) com tanta franqueza sobre temas tabus como sexo, nudez, drogas e política. Fazia já alguns anos que a América tinha perdido a sua inocência. Com atraso, chegara a vez de Hollywood perder a sua.

Arte versus comércio

Quando a velha guarda se deu conta, os jovens cineastas rebeldes tomaram conta dos estúdios. “Quem fosse cabeludo, fumasse maconha, usasse um monte de colares e vestisse calças de veludo coloridas tinha carta branca em Hollywood naquela época”, afirma o cineasta Paul Mazurski. Hal Ashby chegava chapado para reuniões com executivos da MGM. Dennis Hopper passava dias sem tomar banho de propósito antes de se encontrar com Lew Wasserman, o todo-poderoso (e asseado) chefão da Universal. Dito assim, parece que foi fácil para a nova geração se estabelecer. Não foi. Pegue-se o maior diretor do período, por exemplo: Francis Coppola – que, como muitos de seus colegas, começou a carreira fazendo filmes de baixo orçamento para o produtor Roger Corman. A Paramount não o queria de jeito algum para dirigir O Poderoso Chefão. Era inexperiente demais, na visão do estúdio. Duvidavam até das suas sugestões de elenco – segundo o diretor, diziam que Al Pacino, que acabou interpretando o mafioso Michael Corleone no filme, parecia um rato de esgoto. Quando Copolla foi mostrar o trabalho completo para a diretoria da Paramount, ninguém gostou do que viu. O executivo Robert Evans disse indignado ao diretor ítalo-americano: “Você filmou um grande material. Onde ele foi parar? Na cozinha junto com o teu espaguete?”

O principal motivo de desconfiança com a Nova Hollywood pode ser resumido numa palavra: dinheiro. “Hollywood queria ter lucro, e aqueles diretores queriam fazer arte com A maiúsculo”, afirma o roteirista David Newman, de Bonnie and Clyde – Uma Rajada de Balas. Alguns deles, apesar dos pesares, conseguiram fazer arte. O caso mais brilhante foi o do hoje quase esquecido Peter Bogdanovich, diretor dos excelentes A Última Sessão de Cinema e Lua de Papel. Outros entenderam que o cinema dos EUA era uma arte popular, e foram bem-sucedidos ao conciliar a própria veia artística com as necessidades pecuniárias dos estúdios – os principais exemplos são Coppola em O Poderoso Chefão, Martin Scorsese em Taxi Driver e William Friedkin em Operação França. A maioria, contudo, viveu eternamente nesse dilema entre arte e comércio sem conseguir resolvê-lo satisfatoriamente – caso principalmente de Robert Altman e Hal Ashby. Em todos os casos, os filmes lançados pela jovem guarda injetaram sangue novo na velha Hollywood.

O sucesso dos novos diretores deixou os executivos dos estúdios estupefatos. Até então, um filme de êxito dava um lucro líquido de 10 milhões a 15 milhões de dólares. Em 1971, Operação França lucrou 30 milhões. No ano seguinte, O Poderoso Chefão encheu os cofres da Paramount com a monstruosa quantia de 84 milhões. O Exorcista, em 1973, fez 89 milhões de dólares. O sucesso não era só de público: as resenhas na imprensa americana também não podiam ser melhores. A temida crítica Pauline Kael, da revista The New Yorker, se desmanchava em elogios para Robert Altman, Martin Scorsese e os demais membros da gangue. A ensaísta Susan Sontag também não deixava por menos: “Foi nessa época que o cinema se tornou uma paixão entre os jovens intelectuais americanos.” Isso reverteu em fama e fortuna para os novos titãs de Hollywood: Coppola, que recebera 60 mil dólares para dirigir o 1º Chefão, viu seu salário pular para estratosférico 1 milhão de dólares dois anos depois em O Poderoso Chefão – Parte II.

A revanche dos nerds

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Tanto confete e purpurina não fez bem para a Nova Hollywood. “Antes de O Poderoso Chefão, Coppola era um joão-ninguém. Depois, se tornou um dos maiores diretores do mundo. Ninguém está preparado pra uma viagem tão doida assim”, diz o produtor Al Ruddy, que trabalhou com ele na saga. Peter Bogdanovich, e depois Friedkin, Altman, Dennis Hopper, Mike Nichols e outros enfants terribles da Nova Hollywood, começaram a emendar fracassos, passadas suas estréias promissoras. “Fazia os filmes pensando no gosto do meu tio Carl, de Detroit. Depois que me mudei pra Beverly Hills e comecei a ter aulas de tênis, foi o meu fim”, disse Friedkin. Scorsese foi fundo nas drogas. “Éramos como vampiros, indo dormir às 7, 8 da manhã. Passávamos à base de cocaína”, diz o diretor de Touro Indomável. Certa noite em 1976, fora de si, saiu correndo pelado pela rua atrás de uma namorada. Por pouco não parou na delegacia.

A cena grotesca foi o prenúncio do colapso da geração descolada, irreverente, mas ególatra dos anos 70. Com a queda lenta dos jovens titãs, diretores mais comerciais e bem-comportados, saídos das universidades de cinema da Califórnia, assumiram a pole position em Hollywood. Estamos falando especificamente de duas pessoas: Steven Spielberg e George Lucas.

O colapso dos rebeldes foi sentido como um terremoto em 1977, quando foram lançados Guerra nas Estrelas, de George Lucas, e Contatos Imediatos de Terceiro Grau, de Steven Spielberg. Com estas duas tacadas, a mentalidade de Hollywood mudou. Era a revanche dos nerds contra a contracultura que tinha se tornado dominante em Hollywood. Tinha início a era dos blockbusters, e isso foi fatal para muitos. “A gente não estava preparado para os anos 80”, diz a atriz Margot Kidder. “Nossa cabeça ainda estava nos anos 70, e o negócio em Hollywood era tocado por executivos de terninho”, afirma Kidder. “Spielberg era da nossa turma, mas funcionou como o cavalo de Tróia para os velhos executivos voltarem ao poder”, diz o roteirista Matthew Robbins. Muitas amizades azedaram. “O George Lucas se distanciou da gente. E o Spielberg… não dá mais pra falar com ele. Ele não é mais um ser humano”, afirma John Milius, diretor do clássico de aventura O Vento e o Leão, de 1975. Alguns rebeldes, como Scorsese, porém, aprenderam a sobreviver na nova selva do cinema-grande-indústria, mas a um preço. “Hoje em dia, não espero muito dos outros, e não quero que esperem muito de mim. Só desejo ser deixado em paz e fazer meus filmes”, diz o diretor. Nem todas as histórias em Hollywood têm um final feliz.

“Tomei todas as drogas. Queria testar os meus limites e ver se morria no fim.”
Martin Scorsese

“Em todos os cantos dos EUA, casais de namorados fumavam maconha, enquanto que nos cinemas só passavam filmes da Doris Day com o Rock Hudson.”
Dennis Hopper, sobre os anos 60 antes de Easy Rider

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“Eu cresci no meio de padres e gângsteres. No fim, me tornei uma mistura dos dois: um diretor de cinema.”
Martin Scorsese

“A gente descobriu que os filmes não eram feitos pra pendurar na porra do louvre, mas pra divertir o público”
William Friedkin, diretor de Operação França e o Exercista

“Nós somos os novos Michelangelos”
Francis Coppola

“Ao contrário de muitos amigos, eu nunca tomei LSD, mescalina, Coca ou coisa parecida, enquanto eles subiam pelas paredes, eu assistia TV”
Steven Spielberg

“Os filmes-pipocas sempre mandaram no negócio, porque as pessoas vão vê-los? Por que o publico é tão burro? Não é culpa minha.”
George Lucas

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Da fama à lama

 

1967

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A Primeira Noite de um Homem* – Mike Nichols

Considerado indecente pelos produtores, adorado pela platéia. O caso de um adolescente com uma mulher mais velha – a mãe de sua futura noiva – começou a demolir o sonho americano.

 

1968

2001: Uma odisséia no espaço* – Stanley Kubrick

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“Ninguém investe mais do que 1 milhão de dólares em ficção científica”, era uma das máximas do experiente executivo Lew Wasserman. Kubrick pagou para ver e provou que estava certo.

 

1969

Easy Rider – Sem Destino* – Dennis Hopper

Feito com uma equipe improvisada de hippies, foi a apoteose do sexo, drogas e rock ·n· roll na tela. O presidente da Columbia, que o produziu, ficou tão chocado que proibiu a esposa de vê-lo.

 

1970

M.A.S.H* – Robert Altman

A visão ácida e divertida da contracultura sobre o belicismo yankee. Feito sem estrelas e sem moralismos. Foi o primeiro filme a dizer fuck em Hollywood.

 

1971

A Última Sessão de Cinema* – Peter Bogdanovich

Uma pérola do início dos 70, um poema visual em preto-e-branco com influência da nouvelle vague, o novo cinema de Truffaut e Godard.

 

1972

O Poderoso Chefão* – Francis Coppola

Uma das maiores sagas do cinema. Clássico absoluto. O incrível é que a Paramount não queria produzi-lo e chegou a propor que se passasse no Harlem nos anos 70, com irlandeses.

 

1973

Caminhos Violentos* – Martin Scorsese

Este filme colocou Martin Scorsese, Robert DeNiro e Harvey Keitel no mapa de Hollywood.

 

1974

A Conversasão* – Francis Coppola

Uma pequena gema do cinema de espionagem no clima pós-Watergate da época. Em 1974, no lançamento, causou controvérsia entre a crítica. Com o tempo ganhou o status de filme de culto.

 

1974

Daisy Miller** – Peter Bogdanovich

Filme de época caro e ruim, que começou a implodir a carreira do seu diretor e da sua atriz (Cybill Shepherd).

 

1975

Corações e Mentes* – Peter Davies

Ganhador do Oscar de documentário, conta a história da Guerra do Vietnã. A guerrilha sai das selvas e chega a Hollywood.

 

1975

Tubarão** – Steven Spielberg

O primeiro filme a apostar em propaganda na TV. Deu certo e encareceu a distribuição de cinema nos EUA. O primeiro petardo do cinema nerd.

 

1976

Taxi Driver* – Martin Scorsese

A obra-prima da neurose das grandes cidades. Scorsese, em sua melhor forma, conseguiu inovar no trabalho de câmera e na narrativa anti-convencional.

 

1976

Nickelodeon** – Peter Bogdanovich

Mais uma bomba de Bogdanovich, enterrando de vez sua estréia promissora, quando chegou a ser comparado a Orson Welles.

 

1977

Noivo Neurótico Noiva Nervosa* – Woody Allen

Sinal dos novos tempos: a comédia maluca americana encontra a psicanálise. O filme fez do comediante Allen um cineasta autoral.

 

1977

Guerra nas Estrelas** – George Lucas

O maior estouro de bilheteria até então. Iniciou a era dos blockbusters e revolucionou os efeitos especiais do cinema.

 

1978

Cinza no Paraíso* – Terence Malick

Um belíssimo poema em filme. Deu o Oscar de fotografia ao espanhol Nestor Almendrose e ganhou outras 3 indicações. A elegia do cinema independente e artístico da geração dos anos 70.

 

1978

Quinteto** – Robert Altman

Desastre de Altman, que só voltaria a acertar a mão nos anos 90. Um filme cerebral demais e bastante confuso.

 

1979

Apocalypse Now*/** – Francis Coppola

Clássico de guerra. Ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 1979, mesmo em versão ainda inacabada. Só que saiu caro demais e levou anos para se pagar.

 

1980

O portal do Paraiso** – Michael Cimino

O símbolo por excelência da derrocada. Fiasco de bilheteria, supostamente quebrou o estúdio United Artists, que o produziu.

*Filmes que fizeram a glória da nova Hollywood

**E os que decretaram a sua ruína

 

Francis Coppola

Diário de um Megalômano

O sucesso chegou de forma espetacular para Francis Coppola. Entre 1972 e 1974, fez o filme mais importante da década, O Poderoso Chefão, sua continuação e ainda o cultuado A Conversação. Encheu a prateleira de Oscars, ganhou milhões de dólares e o respeito da crítica. Mas isso era pouco. Seu plano era fazer o filme mais importante da história. E ele seria uma versão de O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, adaptado à Guerra do Vietnã. Seu título era Apocalypse Now.

Foi o início do pesadelo que se tornou sua carreira. Quando as filmagens começaram, nas Filipinas em 1976, as 14 semanas de produção previstas se transformaram em dois anos e meio. Coppola admitia e demitia membros da equipe a seu bel-prazer e passava horas em seu camarim fumando maconha. Um tufão destruiu sets do filme. O orçamento pulou de 13 milhões de dólares para mais de 30 milhões. Precavida, a United Artists, co-produtora do filme, fez um seguro caso o diretor morresse – ele lhe garantiria no mínimo um lucro de 1 milhão de dólares. “Para os executivos, eu valho mais morto do que vivo”, disse Coppola. Foi profético. O filme, apesar do sucesso de crítica, levou anos para se pagar. E, a partir daí, sua carreira só declinou.

 

Steven Spielberg

O rei midas

“Estava na cara que Spielberg ia se dar bem na indústria. Ele era bem menos complicado do que nós”, diz a atriz Margot Kidder a respeito do menino prodígio de Hollywood. Kidder (até hoje conhecida como a Lois Lane do Superman com Christopher Reeve) foi a mentora de Steven numa área em que ele não tinha muito sucesso: as mulheres. “Stevie, você não vai conseguir levar uma mulher para a cama se continuar conversando apenas sobre câmeras, lentes e seriados de TV”, dizia ela enquanto fazia topless na sua frente, na praia, para embaraço do jovem nerd.

A carreira de Spielberg, que começou na TV dirigindo episódios de seriados como Galeria do Terror e Columbo, deslanchou em 1975, quando foi lançado Tubarão. Ironicamente, ele não queria dirigir o filme. “Achava o projeto comercial demais, e não ficava bem na época dirigir algo comercial. Eu queria ser um Kurosawa, um Robert Altman. Queria ser qualquer um, menos eu mesmo”, disse na época o diretor. A filmagem foi problemática. Não havia um roteiro terminado, o tubarão mecânico não funcionava e, como resultado, o cronograma ficou atrasado em 104 dias. Quando o copião do filme ficou pronto (a 1a montagem, ainda na sala de edição), ninguém gostou do resultado. O tubarão parecia de brinquedo. Foi então que a montadora do filme, Verna Fields, teve uma idéia: não mostrar o monstrengo explicitamente, apenas sugerir a sua presença. Foi um lance de gênio: o suspense tornou o filme assustador e Spielberg chegou até a receber uma indicação ao Oscar de direção pelo filme. Mesmo quando não queria, o destino conspirou para levar Spielberg ao trono de Hollywood.

 

George Lucas

A força estava com ele

George Lucas começou a chamar a atenção ainda na faculdade. Em 1969, ganhou uma bolsa da Columbia Pictures para fazer um making of do faroeste O Ouro de McKenna, com Gregory Peck. Voltou horrorizado da filmagem. “Hollywood gasta muito dinheiro pra fazer um filme. Vou ser um cineasta independente”, disse. Não foi bem o que acabaria acontecendo.

Lucas foi trabalhar para Francis Coppola, e, em 1971, depois de dirigir o sombrio THX 1138, começou a conversar com diversos produtores, buscando financiamento para uma pequena obra de ficção científica que tinha na cabeça, “uma mistura de Flash Gordon com James Bond”. Em 1977 o projeto se tornou realidade, com o título Star Wars. As filmagens não ocorreram exatamente às mil maravilhas. Os efeitos especiais estavam atrasados. Filmando em Londres, George se desentendeu com a equipe inglesa, que se recusava a fazer hora extra e interrompia a filmagem para o chá das 5. Quando o filme estreou e estourou nas bilheterias, Lucas teve a sua vingança. Ficou milionário, graças principalmente a uma cláusula do seu contrato que dava a ele os direitos de merchandising da obra, como o licenciamento de brinquedos. E Lucas nunca fez um filme independente. “Star Wars era o meu destino”, afirma.

 

Para saber mais

Easy Riders, Raging Bulls – How the Sex, Drugs and Rock·n·roll Generation Saved Hollywood – Peter Biskind, Simons & Schuster, EUA, 1998

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