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Rappers e VJs unem forças: VJsBem_boladex

Fusão ou confusão?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 30 set 2003, 22h00

Alexandre Matias

Numa iniciativa pioneira no país, os rappers do Záfrica Brasil e os VJs do Embolex unem forças – vão trabalhar juntos na criação de rimas, músicas e imagens em tempo real. Até o final deste ano, eles lançam, separadamente, dois CDs e um DVD

Um coletivo de VJs, um grupo de hip hop e um DJ cujo som passeia entre o drum·n·bass e o tecno. Três forças distintas que resolveram se unir. “Ainda não temos um nome, porque não sabemos se vamos virar uma coisa só ou se vamos criar uma identidade para agregar aos nossos próprios nomes”, explica Fernão da Costa Ciampa, um dos principais articuladores da fusão. Ao lado de Oswaldo Sant’ana e Christian Bueno Garcia, Fernão é parte do Embolex, o time de VJs que deu o passo inicial para o processo, que ainda inclui o grupo de hip hop Záfrica Brasil e o DJ Periférico.

A parceria das três unidades data do início do Embolex, que começou em 2000 como um evento, e não um grupo. Fernão, que além de trabalhar com vídeo e cinema também é psicólogo, havia acabado de chegar de Londres, onde dividiu apartamento com um amigo que trabalhava com projeções em Super 8 e slides, em eventos. De volta ao Brasil, Fernão decidiu recriar as experiências que havia visto no exterior. E foi além: colocou dois editores de imagem trabalhando ao mesmo tempo, imitando a mecânica dos DJs – que sempre usam duas pick-ups para tocar. Fernão comprou um computador e chamou mais dois amigos para projetar no evento, que se chamaria Embolex. Estava plantada a semente do que viria a ser o coletivo de VJs.

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O próximo passo foi produzir imagens que pudessem ser remixadas ao vivo, casadas com música feita especialmente para elas. Foi quando eles tiveram contato com Érico Theobaldo, o DJ Periférico, que na época tocava no trio de música eletrônica Autoload. Fernão, Duva, Oswaldo e Christian (que não fazia parte do grupo original) fizeram imagens para o show do grupo. A partir daí, não pararam mais: em 2001, produziram imagens para eventos importantes, como as apresentações dos DJs Rush e Sven Väth e o festival mineiro Eletronika (“Foi a primeira vez que vi a galera gritando para as imagens”, diz Fernão). Em 2002, organizaram o evento-chave para a cultura dos VJs no Brasil, o Red Bull Live Images. Àquela altura, Duva já havia abandonado o grupo para seguir carreira solo e o nome Embolex já estava consolidado como um grupo de VJs. Recém-saído do Autoload, Érico resolveu se juntar à barca de VJs, que ainda envolveria o Záfrica Brasil, um dos principais nomes da nova safra do hip hop brasileiro. Sobre bases que vão do tecno pesado ao drum’n’bass, os MCs Gaspar, Fernandinho Beatbox e Funky Buia constroem letras em português, enquanto os VJs trabalham imagens que completam a música.

Consagrada na festa Embolex Whiteout, que aconteceu ao longo do primeiro semestre deste ano, em São Paulo, as três peças desse bem-bolado se preparam para invadir o mercado. Vêm aí o novo disco do Záfrica Brasil, uma coletânea de música eletrônica nacional compilada por Periférico (que deverá ter faixas dos DJs Julião, Marcelo LK, Camilo Rocha e Instituto, além de músicas próprias) e o DVD do Embolex. Fique de olho nos flyers para pegar essa parceria em ação na festa mais perto de você.

 

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Ouça

ANTIGAMENTE QUILOMBO, HOJE PERIFERIA – ZÁFRICA BRASIL (PARADOXXX)

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