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Rei dos nerds – SUPER entrevista J. J. Abrams

J.J. Abrams está onde nenhum homem jamais esteve. Em junho, ele lança Além da Escuridão - Star Trek e começa a trabalhar no episódio 7 de Star Wars.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 5 set 2013, 22h00

Mariane Morisawa

Aos 46 anos e apenas quatro longas no currículo – além, claro, daquela pequena série chamada Lost -, J.J. Abrams está onde nenhum homem jamais esteve. Em junho, ele lança Além da Escuridão – Star Trek, segundo filme sob seu comando com a tripulação da Enterprise, e começa a trabalhar no episódio 7 de Star Wars. Aqui ele conta a responsabilidade que é agradar fãs tão fiéis.

Você não era fã de Star Trek, certo?
Meus amigos gostavam, eu não. Então não tinha essa reverência. Francamente, quando me convidaram para o projeto, e eu disse sim, achei curioso porque nunca tinha me preocupado com os personagens. Mas isso me ajudou a contar a história do ponto de vista de um espectador de cinema, não de um fã de Star Trek. Nosso objetivo era o equilíbrio: contar uma história incrível para quem gosta de Star Trek ou não. Claro que não dá para agradar todo o mundo, vai ter quem odeie. A ironia para mim é que a maior crítica que ouço é que o filme é diferente do que foi feito antes. Mas Star Trek é justamente ir aonde nenhum homem jamais esteve!

O que diria para convencer alguém que não é fã a ver?
Como alguém que não era fã de Star Trek, eu compreendo quem não gosta da série. Mas como alguém que ama filmes de ação, senti que o desafio era respeitar sua pequena, mas muito leal, base de fãs e, ao mesmo tempo, fazer um filme para um público mais amplo. A maneira de conseguir isso foi tratar a produção como se não fosse uma sequência. É um filme isolado, ou seja, você não precisa ter visto a série original nem o primeiro longa que fizemos. É para você se envolver quando conhece os personagens no início do filme e embarca com eles em sua aventura.

Mas você entende a paixão despertada por Star Trek?
Sinto que há coisas na série que por alguma razão não me empolgavam quando era pequeno. Tudo me parecia muito didático, muito estático, tinha uma visão filosófica das coisas. Apesar de admirar porque meus amigos amavam, eu tinha dificuldade de me emocionar. Mas os dois filmes que fizemos tentam preservar o espírito original e enchê-lo de energia e ação, coisas que a série original não tinha recursos nem orçamento para alcançar. No fim, eu acabei gostando, mas precisei trabalhar nos filmes para chegar a isso.

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Por que a decisão de ficar mais sombrio – o filme, afinal, chama-se “além da escuridão”?
Era a história que queríamos contar, o título veio depois. O primeiro filme era fácil: era o encontro dos personagens, a formação da família. Para este, precisávamos de uma história que nos empolgasse. Era preciso fazer essas pessoas, que se encontraram no primeiro filme, passarem por algo significativo.

Além de dirigir a série Star Trek, você vai fazer o episódio 7 de Star Wars. Está no lugar em que sempre sonhou?
Sinto que tenho muita sorte de me deixarem fazer todas essas coisas. Mas o melhor é poder trabalhar com as pessoas com quem trabalho. O mais incrível é poder ser parte de grupos de narradores, cineastas, técnicos e atores incríveis. Realmente sinto que sou eu o sortudo.

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