Ruy Castro
O escritor Ruy Castro reuniu 30 anos de críticas de cinema que ele escreveu no livro Um Filme É para Sempre. E aqui ele indica 5 clássicos imperdíveis e um que pode ficar no baú
Aurora (de F. W. Murnau – 1927)
O último grande filme mudo ou o primeiro quase sonoro (ouvem-se vozes às vezes). Muitos críticos o consideram o melhor filme da história do cinema.
Primavera (de Robert Z. Leonard – 1937)
É o musical mais romântico da história e um dos maiores exercícios de cinema em preto-e-branco.
Contrastes humanos (de Preston Sturges – 1941)
Comédia ou drama? As duas coisas, em igual genialidade. Desconfio que o verdadeiro Orson Welles foi Preston Sturges.
Milagre em Milão (de Vittorio de Sica – 1951)
O filme marca o fim do neo-realismo italiano e representa a surpresa de que, fazendo rir, De Sica mordia ainda mais fundo na alma italiana.
Cupido não Tem Bandeira (de Billy Wilder – 1961)
Sátira inclemente à Guerra Fria, show de interpretação de James Cagney e a prova de que, com os roteiros de Billy Wilder e I.A.L. Diamond, o cinema era uma diversão adulta.
Era Uma Vez no Oeste (de Sérgio Leone – 1968)
Eu indicaria qualquer um de Sergio Leone. Mas Era uma Vez no Oeste é o seu maior pastel de vento: muita ostentação e nada a dizer.