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Seda, guerra e paz

Casa de Jim Thompson, Bangcoc, Tailândia. O museu que conta a história de um orgulho nacional e homenageia tempos mais pacíficos no país.

Por Fred Di Giacomo
Atualizado em 4 nov 2016, 19h04 - Publicado em 2 dez 2015, 14h15

No escritório de Jim Thompson, em Bangcoc, há dois horóscopos pendurados na parede. Um prevendo sorte em 1959, outro premeditando azar àqueles nascidos no ano do cavalo ao fazer 61 anos. O americano Thompson era membro da OSS, a precursora da CIA. Na Segunda Guerra, ele desembarcaria na Tailândia de paraquedas, mas o conflito acabou, então ele  resolveu ir de avião mesmo assim. Thompson decidiu viver lá e revitalizar a indústria da seda local. A cultura tecelã tailandesa estava abandonada, e seus habitantes compravam tecido mais barato (e de pior qualidade) da China. Ele ajudou o país a reaver esse orgulho, ficou rico e se mudou para um luxuoso imóvel. O ano era 1959. 

Thompson acabou colecionando inimigos, que não gostavam de um estrangeiro que dizia conhecer a Tailândia melhor que muitos locais. Além disso, o governo americano desconfiava dele, que apoiava democratas tailandeses e o líder comunista Ho Chi Minh, no Vietnã.

 

A bela casa de Thompson hoje é um museu, onde se assiste à produção tradicional de seda. Ela é ricamente decorada com porcelanas chinesas e tapeçarias coloridas, que contam a vida de Buda ao estilo do budismo tailandês, muito influenciado pelo hinduísmo. O chão do primeiro andar é de mármore italiano e a construção é toda cercada por árvores típicas das florestas da região. Um eclético paraíso tropical, alheio ao golpe de Estado e aos subsequentes protestos que tomaram a Tailândia em 2014. Não que seja novidade no país. Esse foi o sexto golpe desde o dia em que Thompson saiu para uma expedição na mata, em 1967, e nunca mais foi visto. Nascido em 1906, ano do cavalo, ele tinha 61 anos.

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