Ana Prado e Cristine Kist
1. Super-Homem com sotaque britânico
O Super-Homem mudou de cara. De novo. Depois de ter sido interpretado por Brandon Routh (se você não está relacionando o nome à pessoa, não tem problema: ele realmente não fez mais nada digno de lembrança) em Superman: O Retorno (2006), o papel agora cabe pela primeira vez a um britânico. Trata-se de Henry Cavill, o Charles Brandon da série The Tudors. O novo filme reconta a história do herói desde o início, quando ele percebe que não é um garoto comum e se esforça para descobrir qual é a sua missão (provavelmente não seremos acusados de spoiler se contarmos que ele eventualmente descobre que sua missão é salvar a Terra da destruição e tal). O novo Super-Homem parece mais verossímil que os anteriores (a começar pelo fato de que ele não usa mais a cueca por cima da calça) e tem agradado aos fãs. Aliás, já está programada uma sequência (ainda sem data) com a mesma equipe e o mesmo elenco.
Homem de aço (3D), 12 de julho nos cinemas.
2. Guerra na adolescência
As jovens Yael, Avishag e Lea vivem em um vilarejo israelense perto do Líbano. Elas estudam em uma escola feita de contêineres e tentam se virar com seus celulares sem sinal enquanto se preparam para o serviço militar obrigatório, que virá quando completarem 18 anos. As três se revezam para contar suas experiências no romance de estreia de Shani Boianjiu, israelense de 25 anos que serviu nas Forças de Defesa de Israel por dois anos. Ela se inspirou em suas próprias experiências, sem assumir uma postura ideológica, para falar sobre a juventude em meio ao clima de tensão no país.
O povo eterno não tem medo, Shani Boianjiu, Alfaguara, 280 páginas, R$ 42,90
3. De pai para filho
Aos 74 anos, o pintor francês Pierre-Auguste Renoir estava enfrentando algo que em bom português poderia ser descrito como uma baita maré de azar. Ele já convivia com as dores da artrite quando perdeu a esposa e viu o filho Jean ser ferido durante a Primeira Guerra Mundial. É nesse contexto que ele se encanta pela jovem Andrée, que acaba se tornando sua última modelo. Mas, como alegria de azarado dura pouco, Jean volta para casa para se tratar após ser liberado pelo exército e também se apaixona pela moça.
Renoir, 5 de julho nos cinemas.
4. Partilha de bens
Quando descobriu a América sem querer querendo, Cristóvão Colombo acabou criando um problemão: ele tinha sido financiado por dois reinos que nutriam antipatia mútua, o de Portugal e o de Castela e Aragão, que se tornaria a Espanha. A briga só teve fim depois da assinatura do Tratado de Tordesilhas, que repartiu o mundo conhecido entre os dois países em 1494. O livro de Stephen Brown conta como se chegou a esse tratado, que foi um dos maiores acordos diplomáticos e políticos de todos os tempos, e quais foram suas implicações para o mundo moderno.
1494, Stephen R. Brown, Globo, 296 páginas, R$39,90
5. O homem que enganou o FBI
O ex-hacker mais famoso do mundo se juntou a um escritor de best-sellers profissional para reunir suas melhores histórias num livro que já está entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Há alguns anos, Kevin Mitnick (foi preso e) decidiu abandonar o lado negro da força para virar consultor de segurança. Em Fantasma no Sistema, ele conta como chegou ao extremo de hackear os agentes do FBI encarregados de prendê-lo quando ainda era um dos mais procurados do serviço secreto americano. A escrita não é lá muito rebuscada, mas o relato vale a pena. E o prefácio é do Steve Wozniack.
Fantasma no Sistema, Kevin Mitnick e William L. Simon, Alta Books, 428 páginas, R$ 64,90
6. Janelas indiscretas
Há algum tempo, o designer gráfico José Guizar resolveu colecionar janelas. Mexicano radicado nos Estados Unidos, ele queria evitar que a paisagem de Nova York ficasse banal, e por isso decidiu que toda semana ia desenhar uma janela nova-iorquina que tivesse chamado sua atenção. Você pode ver todas as ilustrações de Guizar (com os respectivos endereços) no link abr.io/janelas-indiscretas.