Cientistas também erram. E algumas vezes seus enganos demoram a ser esclarecidos, transformando-se em lorotas universais por algum tempo. Foi o que aconteceu em 1989, quando o químico inglês Martin Fleischmann e seu colega americano Stanley Pons divulgaram, na Universidade de Utah, Estados Unidos, a fusão a frio. Os dois alegavam que uma simples reação química, feita em tubo de ensaio, produzia uma nova forma de fusão nuclear, liberando grande quantidade de energia. A descoberta causou sensação, até que se mostrou um grande engodo. Esse e dezenas de outros casos estão no livro Penso, Logo Me Engano – Breve História do Besteirol Científico (Editora Ática, 256 páginas), do francês Jean-Pierre Lentin. Apesar do bom humor com que conta as histórias, Lentin faz questão de frisar que o erro é muitas vezes necessário e o defende como “condição vital do dinamismo científico”. Está certo. Mas que é engraçado, é.
Editora Ática: 278 9322