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Um rato na estrada

As viagens inesquecíveis do roqueiro e VJ João Gordo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 jul 2004, 22h00

João Francisco Benedan, paulistano do bairro do Tucuruvi, é filho de um bombeiro e uma cabeleireira. Aos 20 anos, assumiu os vocais da banda de punk rock Ratos de Porão e tornou-se o João Gordo. Há nove anos, acumula também o papel de VJ na MTV Brasil, onde se tornou um entrevistador mordaz no talk-show Gordo a Go-Go. Ao receber a reportagem da Biografias, foi logo avisando: “Minhas viagens internacionais foram todas com a banda. Não tenho viagens pessoais”. A primeira foi em 1989, aos 25 anos, em uma turnê de três meses à Europa. De lá para cá, Gordo – que é casado com a jornalista e educadora argentina Viviana e pai de Victoria – já viajou para mais de 15 países, entre eles Croácia, Sérvia e Eslovênia. Tem vontade de conhecer países como Finlândia, Suécia, Noruega e Rússia. Aonde ele gostaria de levar a filha? “Para a Disney. Assim eu me divirto também”, diz com bom humor.

Batismo de fogo – Turnê européia, 1989

“Andamos de trem por toda a Europa. Eu era marinheiro de primeira viagem e tremi na base. Ficamos em squats (casas ou prédios abandonados, que são ocupados por comunidades punks) sujos na Holanda, Espanha, Alemanha, Itália e França. As aparelhagens de som dos lugares onde tocávamos eram toscas e tínhamos pouco dinheiro. No meio da viagem, tivemos de dividir uma lata de Coca-Cola e um pacote de pão de fôrma. Ainda bem que a passagem de volta já estava comprada. Em Roma, gastamos tudo que ganhamos nos shows nas trattorias, encantados com a comida. Lá, fizemos inclusive apresentações para Brigate Rossi, o grupo terrorista italiano. Essas festas arrecadavam fundos para os membros recém-saídos da prisão, para que eles pudessem recomeçar a vida.“

Paisagem alucinante – Ilhas Canárias, 1995

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“Desembarcamos em Bilbao, na Espanha, e seguimos para as Ilhas Canárias em um avião apertado, no qual enfrentamos turbulências. Os percalços valeram a pena: tocamos apenas duas e ficamos de ‘férias’ durante uma semana, já que as passagens sairiam mais baratas se ficássemos por lá durante esse tempo. Lá os impostos são baixíssimos. Assim, cigarro, comida, tudo é mais em conta. Era verão e pudemos aproveitar bastante a paisagem, com suas rochas gigantescas, a areia preta. Fiquei bastante impressionado com o Monte Teide, um vulcão extinto, a 3 718 metros aci-ma do nível do mar. Nunca vi nada igual.“

Ali, nunca mais – Portugal, 1998

“O público português gosta muito do R.D.P. Já fomos muitas vezes para lá e fazemos shows para 2 mil pessoas, com casa lotada. Os ingressos geralmente esgotam. Como falamos o mesmo idioma, o público participa bastante. Aliás, nunca vi público tão fanático, eles são doidos de verdade.

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Na cidade de Almada, por exemplo, estamos proibidos de tocar. Sempre que nos apresentávamos na cidade, ocorria algum quebra-quebra. Os fãs são tão malucos que, da última vez que estivemos lá, destruíram carros e vitrines de lojas perto do local do show. Um dos caras estava tão exaltado que pulou de um camarote de 5 metros de altura. Foi impressionante.“

Entre os mestres – Inglaterra, 2000

“Conheço Londres sem nunca ter feito programa de turista, como visitar o Big Ben ou os palácios da monarquia. Vou aos pubs, aos bares onde está o nosso público. Vou a muitos lugares em que os anos passam e as pessoas estão com as mesmas roupas, continuam feias. Na verdade, parece que estão se deteriorando, com dentes podres e as garotas cada vez mais gordas. Já peguei até sarna. Nesse ano, pude conhecer meus ídolos e tocar com eles. Bandas como Discharge, Varukers e Chaos U.K. tocaram junto com a gente e consideram os Ratos de Porão um clássico do punk rock. Sabiam inclusive o refrão das músicas. Isso foi muito bacana. Estávamos ali, onde tudo começou, e éramos respeitados. Foi um acontecimento.“

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