Hoje ela é quase peça de museu. Exceto os colecionadores e os djs, que usam versões específicas e de alta tecnologia, são pouquíssimos os que ainda têm a boa e velha vitrola, em plena era do iPod. Mas a invenção foi uma das primeiras formas de entretenimento caseiras, e sua criação não apenas mudou a forma de se ouvir música como possibilitou o desenvolvimento da indústria fonográfica, responsável por lançar ídolos há quase um século.
Tudo começou com um dos mais importantes inventores do século 19, o norte-americano Thomas Edison. Em seu currículo, há, entre outras conquistas, a invenção da lâmpada. Pesquisando outros inventos, o telégrafo e o telefone, Edison teve a idéia de gravar os sons. Primeiro tentou usar papel para registrar as ondas sonoras, como no telégrafo, sem sucesso. Em seguida teve a idéia de forrar um cilindro com uma folha de metal. Estava criado o fonógrafo, em 1877. Alexander Graham Bell pegou o invento de Edison e levou-o mais longe, criando o gramofone, usando cera em lugar de metal nos cilindros, entre outros aperfeiçoamentos. A terceira e importante colaboração para a criação da vitrola foi a de Emile Berliner, que inventou o disco, patenteado em 1896. No início, a vitrola era item de poucos endinheirados e, ao lado do piano, fazia a festa nos salões da burguesia. Depois que o aparelho se popularizou, os vinis começaram a invadir as casas em todo o mundo, tornando a música acessível e criando gerações de aficionado.