Os tons e combinações escolhidos por cada pintor em cada época revelam como as peças refletem o espírito de seu tempo.
Texto: Karin Hueck | Edição de Arte: Fabricio Miranda | Design: Andy Faria
Renascimento
Séculos 14 a 17
ARISTOTELISMO
Durante a Idade Média e boa parte do Renascimento, as teorias de Aristóteles serviram pra descrever a ciência. E, para o grego, as cores mais importantes do espectro eram vermelho e amarelo (além do azul). As duas primeiras aparecem firmes e fortes – além de muitos tons pastel e grandes quantidades de bege (veja por que abaixo).
Imagem sem texto alternativo
1 • O Casamento da Virgem (1504), Rafael
2 • A Criação de Adão (1512), Michelangelo
O Nascimento da Vênus (1485), Botticelli
Mona Lisa (1503), Leonardo Da Vinci
Barroco e Romantismo
Século 17 a 19
TREVAS
O barroco é a época das emoções exageradas. Tudo nos quadros devia sensibilizar o espectador. Assim, usavam contrastes entre luz e escuridão e caprichavam no realismo. Geralmente, as cenas ficavam expostas em um fundo escuro, o personagem central era bem claro e as sombras serviam para dar volume e textura às figuras.
Imagem sem texto alternativo
1 • A Ronda Noturna (1642), Rembrandt
2 • Amor Vitorioso (1601–02), Caravaggio
Saturno devorando um filho (1819-23), Goya
Impressionismo
Século 19
LUZ E PAISAGEM
Claude Monet, o pintor francês das pontes, acreditava que os quadros deveriam ser feitos fora dos ateliês e sempre diante do modelo real. Para isso, era preciso aprender a representar as mudanças contínuas do mundo exterior – principalmente na luz. Isso era feito com pinceladas dispersas e o uso de diversos tons da mesma cor.
Imagem sem texto alternativo
1 • Monte de Saint-Victoire (1904-06), Paul Cézanne
2 • A Aula de Dança (1871–74), Edgar Degas
Impressão (1872), Monet
Quarto em Arles (1888), Van Gogh
Século 20
Dãr, século 20
PIRA NAS CORES
O período abrange escolas muito diferentes, como cubismo, pop-art e surrealismo. Mas quase todas deixaram de representar a realidade e partiram para o abstrato. Com isso, pararam de copiar formas e tons reais e passaram a usar cores mais saturadas (puras), como o vermelho, o turquesa e o amarelo-berrante, que não existem na natureza.
Imagem sem texto alternativo
1 • Harmonia em Vermelho (1908), Henri Matisse
2 • Marilyn Diptych (1962), Andy Warhol
3 • Número 31 (1950), Jackson Pollock
Les demoiselles d´Avignon (1907), Pablo Picasso
A persistência da memória (1931), Salvador Dalí