Terminar em pizza
O termo, que denota que algo errado deve acabar sem nenhuma punição, também surgiu no futebol. Na década de 1960, alguns dirigentes do Palmeiras já estavam há 14 horas reunidos discutindo assuntos do clube, quando a fome bateu.
A solução foi terminar a reunião em uma pizzaria, onde a paz reinou depois de muita mussarela. O jornalista Milton Peruzzi, que acompanhava o imbróglio, registrou a seguinte manchete no Gazeta Esportiva: “Crise do Palmeiras termina em pizza”.
A expressão voltou a ganhar força na época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
Esse processo de retirada do governante ainda era novidade para a maior parte da população, e o termo em inglês não facilitava o entendimento (ou sua pronúncia). E, como muitos ainda duvidavam que Collor fosse mesmo punido, em vez de “terminar em impeachment”, dizia-se que o caso “terminaria em pizza” (até a sonoridade é parecida). Por isso, até hoje, o termo segue muito associado a escândalos políticos.