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Star Wars: a evolução das naves ao longo da saga

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As três trilogias de Star Wars se passam ao longo de 70 anos. Veja como a tecnologia militar evoluiu nesse cosmos fictício.

Texto: Bruno Vaiano | Design: Juliana Krauss | Ilustrações: Guilherme Henrique

Lembrete necessário: termos como “hiperespaço” ou “velocidade da luz” entram aqui de acordo com seus significados na mitologia de Star Wars, e não nas leis da Física. Que a força esteja com os leitores.

Caças X-wing

Os caças icônicos da Aliança Rebelde [nave 2, T-65 X-wing] e da Resistência [nave 3, T-70 X-wing] são obra do designer Ralph McQuarrie, que entre 1975 e 1983 esboçou as naves, cenários etc. dos Star Wars originais. A trilogia nova, lançada entre 1999 e 2005, é uma prequel. Assim, os caças da República, como o ARC-170 [nave 1] foram imaginados como antecessores dos X-wings.


O primeiro: ARC-170 (Aggressive ReConnaissance 170)

Aparece no Episódio 3.

1. Os pilotos eram clones não só de Jango Fett (o original), mas também de outros bons pilotos.

O esquadrão republicano que escolta Anakyn e Obi-Wan no começo do Episódio 3, A Vingança dos Sith, usa o caça ARC-170, feito para missões de longa duração, com três tripulantes e dois canhões apontados para trás na cauda – inspirados em aviões da Segunda Guerra. As asas abrem em X para expôr os radiadores e dissipar calor – o mesmo recurso aparece décadas depois nos X-wings da Rebelião. Junto de caças menores como as Z-95 Headhunters, é principal antecessora do mais famoso caça rebelde.

Comprimento: 14,5 m
Velocidade atmosférica: 1.680 km/h
Tripulação: Piloto, co-piloto, atirador, droide R2.
Armamento: 2 canhões nas asas, 2 canhões traseiros, 6 torpedos de prótons.

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O clássico: T-65 X-wing

Aparece nos Episódios 4, 5 e 6.

1. Os torpedos usados contra a Estrela da Morte ficam ocultos na fuselagem.

Ainda que sejam manobráveis o suficiente para combater o enxame de caças TIE do Império, os X-wings da Aliança Rebelde – símbolo dos mocinhos na trilogia clássica (filmes 4, 5 e 6) – são mais sofisticados: carregam droides R2 para assistência, suprimentos para uma semana e têm motores para acessar o hiperespaço em viagens de longa distância, atingindo velocidades superiores à luz.

Comprimento: 12,5 m
Velocidade atmosférica: 1.680 km/h
Tripulação: Piloto, droide R2.
Armamento: 4 canhões laser nas asas, 2 torpedos de prótons ocultos na fuselagem.

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O mais recente: T-70 X-wing (a Black One de Poe Dameron)

Aparece nos Episódios 7, 8 e 9.

1.Conforme o modelo do droide, o encaixe é trocado. Dá só uma olhada neste fofíssimo BB-8
2.As asas abertas ajudam a dissipar o calor dos canhões.
3.A nave flutua graças a repulsorlifts
. As asas só servem para aumentar a estabilidade.

O X-wing de Poe Dameron, batizada de Black One, aparece nos episódios 7 e 8 da trilogia da Disney, lançados em 2015 e 2017. É um upgrade dos X-wings rebeldes, usado pela Resistência para combater a Primeira Ordem. Tem dois motores divididos ao meio quando as asas se abrem – que é a maneira como o designer Ralph McQuarrie havia imaginado os X-wings originalmente em 1975.

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Comprimento: 12,48 m
Velocidade atmosférica: 1.840 km/h
Tripulação: Piloto, droide BB-8.
Armamento: 4 canhões laser nas asas, 8 torpedos de prótons ocultos na fuselagem.

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Caças TIE

Os caças TIE, do Império de Vader, operam a curtas distâncias. São lançados de naves de comando quilométricas, os star destroyers, equivalentes a porta-aviões. A sigla significa twin ion engine (“motor de íons duplo”, em português). Grandes inimigos das batalhas espaciais nos Episódios 4, 5 e 6, foram atualizados para servir à Primeira Ordem na trilogia da Disney. Kylo Ren até ganhou uma edição especial [a nave nº4]. 


O clássico: caça TIE/LN

Aparece nos Episódios 4, 5 e 6.

1. As “asas” verticais são painéis para captação de energia solar. 

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A original. O ruído do motor foi criado pelo engenheiro de som Ben Burtt usando gravações de elefantes e de carros derrapando no asfalto úmido. Sem mantimentos nem hiperpropulsor para alcançar a velocidade da luz, o TIE não encara uma missão sozinho. Ele não tem trem de pouso, nem é feito para se apoiar em suas asas: fica pendurado no teto do hangar.

Comprimento: 6,3 m
Velocidade atmsoférica: 1.200 km/h
Tripulação: Piloto.
Soldados: 9.700
Armamento: 2 canhões laser ou 2 lançadores de mísseis de concussão.

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Lento e pesado: Bombardeiro TIE/SA

Aparece nos Episódios 5 e 6.

1. Além da cabine, há um pod adicional que carrega as bombas.

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No Episódio 5, O Império Contra-Ataca, TIEs bombardeiro atacam o asteroide em que Han Solo esconde a Millenium Falcon. Lerdos, são presa fácil para os pilotos rebeldes. O formato das asas é baseado no protótipo TIE Advanced x1, que Darth Vader em pessoa pilota no Episódio 4.

Comprimento:7,8 m
Velocidade atmosférica:975 km/h
Tripulação:Piloto.
Armamento:Podiam carregar torpedos e bombas de prótons, mísseis de concussão ou minas orbitais conforme a missão.

O mais rápido: TIE/IN interceptador

Aparece no Episódio 6.

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1. Os painéis solares estreitos o tornam um alvo difícil de atingir.

Defendem a Estrela da Morte II na Batalha de Endor, no Episódio 6, O Retorno de Jedi. Com quatro canhões e alta manobrabilidade, era mais ameaçador que os TIEs comuns. Pilotos imperiais nunca pegavam o mesmo TIE duas vezes: eles não podiam estabelecer uma conexão emocional com os caças.

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Comprimento: 6,6 m
Velocidade atmosférica: 2.000 km/h
Tripulação: Piloto.
Armamento: 4 canhões laser nas extremidades dos painéis solares, podem-se instalar 2 canhões adicionais sob o cockpit.

TIE/VN “The Silencer”, pilotado por Kylo Ren

Aparece no Episódio 8.


1. Ele também é equipado com escudos defletores – campos de força que servem de blindagem.
2. Os tubos maiores são os canhões. Os menores, sensores de mira.
3. Ao contrário dos TIEs comuns, este tem hiperpropulsor – ou seja, alcança a velocidade da luz.

Kylo Ren não está sozinho: os vilões tradicionalmente têm veículos particulares.
4. Darth Vader também usou um protótipo: o TIE Advanced x1 com que persegue Luke no Episódio 4.
5. General Grievous usou a bizarra wheelbike no Episódio 3: uma roda com banco e canhões.

O TIE que Kylo Ren pilota no Episódio 8, Os Últimos Jedi, é um protótipo baseado no interceptador. Equipado com hiperpropulsor, é capaz de viagens de longa distância. O vilão faz um belo estrago na frota da Resistência – mas não é capaz de apertar o gatilho na hora de matar sua mãe, Leia Organa.

Comprimento: 17,4 m
Velocidade atmosférica: desconhecida.
Tripulação: Piloto.
Armamento: 4 canhões laser, 1 lançador de torpedos de prótons, 1 lançador de mísseis de concussão.

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Star Destroyers

Naves de mais de 1 km para operações de longa distância se tornaram comuns na galáxia após a Guerra dos Clones. Usadas pela República contra os separatistas – filmes 1, 2 e 3 –, as naves das classes Acclamator e Venator prenunciaram os destroyers do Império, com o clássico formato triangular. Além de carregarem milhares de soldados, esses gigantes realizavam operações Base Delta Zero, em que a crosta rochosa de um planeta é derretida. O recado é tão psicológico quanto físico.


Classe Acclamator

Aparece no Episódio 2.

1. O trem de pouso não segura sozinho: repulsores antigravidade ajudam.

2. O Acclamator pousa para embarque das tropas – e estende uma rampa. Poucas naves desse porte descem ao solo.

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Cronologicamente, é a primeira da linhagem de naves grandes e triangulares. Ainda não é bem um star destroyer: a classificação correta é assault ship. No Episódio 2, O Ataque dos Clones, elas levam o exército recém-fundado da República para auxiliar os Jedi no planeta Geonosis. Naves desse tamanho eram incomuns até a época da Guerra dos Clones: eram inúteis em tempos de paz.

Comprimento: 752 m
Tripulação: 700
Carga: 16 mil soldados, 320 speeder bikes, 80 LAATs (transportes de tropa), 48 walkers (veículos de solo), 36 peças de artilharia.
Armamento: 36 canhões de diferentes portes.

Classe Venator

Aparece no Episódio 3.

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1. O hangar fica sob duas comportas ao longo do comprimento da nave.

O destroyer republicano que aparece no Episódio 3. Originalmente decorado com faixas bordô, no fim do filme já é visto pintado de cinza, a serviço do Império após o golpe de Palpatine. Perceba que, como a República Jedi dos filmes 1, 2 e 3 se torna o Império Sith no 4, 5 e 6, naves que eram “do mal” em uma trilogia são herdeiras tecnológicas das naves que costumavam servir o exército dos mocinhos.

Comprimento:1.137 m
Tripulação:7.400
Carga: 192 caças V-wing, 192 interceptadores Eta-2, Actis, 36 caças ARC-170, 24 walkers.
Armamento:8 torres de turbolaser, 56 canhões médios, 4 torpedos de prótons.

Classe Imperial-I

Aparece nos Episódios 4, 5 e 6.

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1. A torre de comando, com janelas características, é cenário das birras de Vader.

O destroyer imperial clássico, que persegue Princesa Leia na cena de abertura do Episódio 4. Com campos de força (os tractor beams), pode atrair naves fugitivas e capturá-las. É capaz de reprimir, sozinho, uma rebelião em um planeta inteiro. O acesso ao hangar pela parte inferior da nave é mais protegido que as enormes comportas que se abriam na superfície do Venator – expondo seu interior.

Comprimento: 1.600 m
Tripulação: 37.085
Carga: 9.700 soldados, 72 caças TIE; 50 walkers, 8 foguetes de transporte Lambda-class T-4a.
Armamento: 135 canhões de diferentes portes, 10 tractor beams.

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Classe Ressurgent

Aparece nos Episódios 7, 8 e 9.

1. Baterias quádruplas de mísseis defendem a parte inferior da nave.

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2. A nave tem 500 m de altura e 1,5 km de largura. 

3. A torre é baixa, menos exposta a ataques de caças leves.

4. Hangares laterais liberam naves menores mais rápido.

5. Sala de controle de tráfego aéreo (quer dizer, espacial).

6. Gerador do campo de força defletor que blinda o casco.

7. Os TIEs não ficam pendurados no teto, como nos destroyers antigos: saem das paredes do hangar.

A nave-mãe de Kylo Ren na trilogia da Disney (filmes 7, 8 e 9) tem quase 3 km – o dobro dos destroyers imperiais antigos.

Comprimento: 2,915 m
Tripulação: 74.000
Carga: 8.000 soldados, no mínimo 500 caças TIE – não se sabe o número exato.
Armamento: Ainda não foi informado em nenhum livro. Com o próximo filme, a Disney talvez divulgue novos dados.

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