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O que pregou São Paulo?

Paulo e Jesus nem sempre concordavam. Conheça aqui a palavra de São Paulo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 fev 2017, 19h00 - Publicado em 31 out 2001, 22h00

Embora não esteja entre os evangelistas e nem sequer tenha sido um dos 12 apóstolos, Paulo de Tarso é tido como um dos maiores intérpretes do cristianismo. Suas epístolas, escritas enquanto estava na prisão como cristão perseguido, foram incorporadas à Bíblia e permanecem um grande instrumento difusor da doutrina cristã entre os povos não-judaicos. Mas será que a pregação de Paulo é a mesma de Jesus? Há vários indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou, em nome do Messias, uma doutrina falsificada.

Paulo, nascido Saulo, em Tarso, na Ásia Menor, servia aos romanos como uma espécie de agente policial. Ele fazia investigações para descobrir os locais de reunião dos nazarenos – como eram chamados os primeiros seguidores de Jesus–, para prendê-los e supliciá-los. Anos depois da crucificação de Cristo, numa de suas incursões ele teria tido uma visão do Messias e se convertido. Foi aceito pelos nazarenos e com eles estudou durante quase três anos. Paulo começou, então, a divulgar a doutrina, mas com diversas mudanças. Os nazarenos se opuseram a essas alterações, o que culminou com a sua expulsão.

Várias vozes já alertaram sobre a falsidade da obra de Paulo, entre elas a do profeta da não-violência Mahatma Gandhi e a do teólogo alemão Albert Schweitzer, prêmio Nobel da Paz em 1952. “As Epístolas são uma fraude dos ensinamentos de Cristo, são comentários pessoais de Paulo à parte da experiência pessoal de Cristo”, escreveu Gandhi. “Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada”, escreveu Schweitzer.

Muito do conteúdo das epístolas está claramente em oposição à doutrina de Jesus. Isso ficou evidente após o descobrimento de escrituras autênticas e completas dos ensinamentos de Cristo: o Evangelho dos Doze Santos, encontrado em 1850 no Tibete; o Evangelho Essênio da Paz, achado na Biblioteca do Vaticano em 1925; e os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em 1945 numa caverna do Oriente Médio, com os ensinamentos dos essênios que viveram nos séculos I e II. Comparemos algumas das palavras de Jesus, segundo o Evangelho dos Doze Santos, com as palavras de Paulo, segundo suas próprias epístolas:

Escravidão

Jesus: “Protegereis o fraco (…) Deus mandou-me ajudar os quebrantados, para proclamar liberdade aos cativos”. Paulo: “Escravos, sejam obedientes a seus mestres, com temor e estremecimento, assim como a Jesus”. (Efésios 6) “(…) Se seu proprietário é um cristão (…) devem trabalhar mais duro porque um irmão na fé está lucrando com a labuta”.

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Vegetarianismo

Jesus: “Não comereis a carne nem bebereis o sangue de nenhuma criatura abatida (…) Porque das frutas das árvores e das sementes das ervas Eu partilho somente”. Paulo: “Aqueles cuja fé é fraca comem somente vegetais”. (Romanos 14)

Remissão dos pecados

Jesus: “Nenhuma oferenda de sangue, de besta, de pássaro ou de homem pode tirar o pecado. Como pode a consciência ser purgada de pecado pelo derramamento de sangue inocente?” Paulo: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão (…) O sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência.” (Hebreus 9)

Celibato

Jesus: “O casamento deve ser entre um homem e uma mulher, que por perfeito amor e simpatia são unidos; e enquanto o amor e a vida duram, como deve ser em perfeita liberdade. (Quando tinha 18 anos, Jesus foi casado com Míriam, uma virgem da tribo de Judá, com quem viveu sete anos). Paulo: “Quero que todos os homens sejam como eu sou”. (Celibatário) (I Coríntios 7:7)

Discriminação da mulher na Igreja

Jesus: “Em Deus o masculino não é sem o feminino, nem o feminino sem o masculino (…) Deus criou a espécie humana na divina imagem macho e fêmea (…) Assim devem os nomes do Pai e da Mãe ser igualmente reverenciados (…) Deixai-os escolher, dentre eles mesmos, homens e mulheres (…) que exercerão o sagrado ministério”. Paulo: “E não permito que a mulher ensine”. (Timóteo 2:14) “A cabeça de todo homem é Cristo; a cabeça de toda mulher é seu marido.” (Efésios 4)

Nada mais verdadeiro que as palavras de Jesus: “Homens de mentes perversas, por meio de ignorância e malícia suprimirão muitas coisas que vos tenho falado e atribuirão a mim coisas que nunca ensinei. Porém (…) as coisas que esconderam serão reveladas (…) e a verdade fará livres aqueles que estavam presos”.

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*Fernando Travi é presidente da Sociedade Brasileira de Biogenia e Higienismo e fundador da Igreja Essênia de Jesus Cristo

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