América do Sul – Ditadores em rede
Pelo menos 40 mil mortos. Esse seria o saldo das ditaduras militares da América do Sul entre 1960 e 1990. Só na Argentina foram 30 mil mortos e desaparecidos – no Chile a estimativa é de 3500 e no Brasil, de 475 pessoas. Naqueles anos de Guerra Fria, não havia meio-termo: era preciso se alinhar […]
Pelo menos 40 mil mortos. Esse seria o saldo das ditaduras militares da América do Sul entre 1960 e 1990. Só na Argentina foram 30 mil mortos e desaparecidos – no Chile a estimativa é de 3500 e no Brasil, de 475 pessoas. Naqueles anos de Guerra Fria, não havia meio-termo: era preciso se alinhar à esquerda (URSS) ou à direita (EUA). O Brasil e seus vizinhos ficaram com a segunda opção. Para conter a infl uência comunista, instaurar regimes ditatoriais vinha a calhar (especialmente para os EUA). E como várias cabeças pensam e agem melhor que uma, o general Pinochet, à frente do governo chileno, criou em 1975 a Operação Condor – força conjunta de 6 regimes ditatoriais sulamericanos para combater os inimigos vermelhos. A internet ainda não existia, mas a Condor era como uma rede social sem fronteiras em que os membros compartilhavam informações e organizavam perseguições – como simulamos aqui (as falas são fictícias, mas os eventos, reais).
Reportagem fotográfica