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As águas da barragem da hidrelétrica :vidas submersas

Três fotógrafos acompanharam, durante 3 anos, a transformação dessa paisagem e a remoção das pessoas que viram seu passado afundar.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h25 - Publicado em 31 jul 2006, 22h00

Texto Marcos Nogueira Design Bruno Oliveira

As águas da barragem da hidrelétrica de Irapé inundaram 47 povoados às margens do rio Jequitinhonha, em Minas Gerais. Três fotógrafos acompanharam, durante 3 anos, a transformação dessa paisagem e a remoção das pessoas que viram seu passado afundar.

SERES DA ÁGUA

A região inundada é rica em diamantes: morador da comunidade Alegre veste capacete de escafandro, usado, até os anos 80, pelos homens que dragavam o fundo do rio em busca das pedras.

FAZENDO POSE

Pedro Motta diz que não teve nenhuma pretensão de fazer fotojornalismo ao retratar o povo desalojado. “As fotos são posadas, mesmo”, afirma. Aqui, um trabalhador rural subiu numa aroeira parcialmente submersa.

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DESMONTE GERAL

As casas dos povoados precisaram ser demolidas para evitar acidentes com os barcos que navegarão na represa. O serviço foi feito pelos próprios moradores, que puderam ficar com o material.

FÉ INQUEBRÁVEL

A maior parte dos povoados desalojados pela hidrelétrica de Irapé se dedicava com louvor a atividades mundanas, como a mineração e a produção de cachaça. Uma exceção era Porto Coriz. Nesse antigo quilombo, a fé evangélica guiava a maioria dos habitantes – o que não impediu a inundação do templo local.

O SERTÃO VIRANDO MAR

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A construção de uma hidrelétrica no Jequitinhonha é uma idéia que existe desde 1963. Ela demorou mais de 40 anos para sair do papel. As comportas da barragem de Irapé (da expressão “ir a pé”) foram fechadas no ano passado, inundando aos poucos terrenos pertencentes a 7 municípios.

CASA NOVA

Os moradores das comunidades ribeirinhas foram transferidos para conjuntos habitacionais distantes do novo lago. “Se eles perdem suas referências geográficas, ganham outras coisas. Ficam, por exemplo, mais próximos do posto de saúde”, diz Pedro Motta.

Para saber mais

Projeto Paisagem Submersa – https://www.paisagemsubmersa.com.br

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