Há 700 anos, quando o italiano Flavio Gioia juntou uma agulha magnética a uma figura chamada Rosa dos Ventos e colocou tudo dentro de uma caixinha de madeira, tudo o que ouviu foi: “Para que serve essa geringonça?”. Mal sabiam os céticos da época que a invenção se tornaria o principal instrumento de navegação de todos os tempos: a bússola (pequena caixa, em italiano).
Tudo que Gioia fez foi adaptar um conhecimento que existia há 2 mil anos. Foram os chineses que descobriram um dos mais antigos fenômenos naturais: o magnetismo. Eles perceberam que determinado tipo de material, quando deixado livre, se movia para uma direção específica.
Formularam então uma teoria que explicava que nosso planeta é um gigantesco ímã com dois pólos magnéticos. Ao interagir com o campo da Terra, os pólos opostos se atraíam. A origem desse campo está associada ao movimento do magma que existe no interior do planeta.
Apesar de haver polêmica sobre quem introduziu a bússola na Europa, é quase certo que o feito não se deve aos chineses, mas sim aos árabes, assim como aconteceu com o astrolábio.