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Circo Máximo de Roma — o autódromo sem gasolina

Construído 600 anos antes do Coliseu, pista oval de bigas e quadrigas divertiu romanos (e matou condutores) por dez séculos.

Por Mariana Nadai
30 Maio 2018, 15h39

O Circo Máximo, que começou a ser erguido na Roma Antiga ainda no século 6. a.C., era basicamente um “autódromo” que acomodava 150 mil espectadores – quase a capacidade dos ovais modernos, como o de Indianápolis, que acomoda 257 mil nas arquibancadas em volta da pista. A construção foi concebida para abrigar corridas de charretes, bigas, quadrigas… Mas também havia lutas de gladiadores.

Construído entre as colinas de Palatino e Aventino (pertinho do Coliseu, que só sairia do papiro por volta de 70 d.C.), o Circo Máximo tinha mais de 600 m de comprimento e 118 m de largura. Funcionou até o século 5. Hoje, o que resta da maior arena da história é uma pista coberta de grama – que os romanos de hoje usam para correr a pé mesmo. Veja como era o gigante no auge, já no século 1:

(Alexandre Jubran/Superinteressante)

1) Da madeira ao mármore

O primeiro Circo Máximo foi feito todo de madeira e acabou parcialmente destruído por um incêndio. Durante sua reconstrução, no ano 30, os romanos utilizaram pedra e mármore, para fazer os 3 andares de assentos, e madeira para a parte mais alta da arena. No total, o circo passou por 5 restaurações até chegar ao seu tamanho final, 600 x 118 m e mais de 100 mil lugares.

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2) Praça da Concórdia

No meio da arena, como um canteiro central, encontrava-se a “spina”, que, além de delimitar os dois corredores da pista, era uma representação do poderio romano. O canteiro era decorado com símbolos da conquista do império, como o obelisco Laterano, o maior de Roma, com mais de 32 m, saqueado do templo de Amon, em Tebas, no Egito (tal como aconteceria mais tarde com o majestoso monumento egípcio da Praça da Concórdia, em Paris, com a diferença de que esse foi retirado de Luxor).

3) Fiéis torcedores

A maior parte dos lugares da arena, 3 andares de arquibancadas, era reservada aos cidadãos comuns, que não pagavam para entrar. O “pulvinar” (a estrutura nababesca no meio das arquibancadas) era a tribuna de honra, onde ficavam as autoridades do império. Em uma das reformas do circo, o imperador Domiciano (51 d.C. – 96 d.C.) fez uma ligação direta dali com seu palácio.

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4) Indianápolis romana

A maior atração ali eram as corrida de bigas, puxadas por dois cavalos, e quadrigas, charretes com quatro animais. Na competição mais popular ao longo do século 1, a corrida era disputada por 4 equipes – vermelha, branca, azul e verde, e valia tudo pela vitória, até esmagar o adversário. A biga não ajudava na segurança: feita de madeira, era frágil – e as mortes eram comuns, claro. Boa parte dos “pilotos” era como os gladiadores: escravos que tentavam a sorte na arena em busca de liberdade, dinheiro e fama.

5) Área de escape

Construíram um fosso, com 3 m de largura e 10 m de profundidade, entre a pista e a arquibancada. O imperador Nero aproveitou o buraco e colocou, em toda a extensão, um cano que girava quando pisado, o que impedia os animais de avançarem sobre a plateia.

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