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Como o Japão poderia ter destruído os Estados Unidos

4 anos antes do ataque à Pearl Harbor, um jornal americano já imaginava uma investida japonesa bem detalhada - e é bem provável que ela tivesse dado mais certo.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 11 mar 2024, 10h35 - Publicado em 19 Maio 2016, 19h30

Todo mundo aprende na escola que o Japão atacou Pearl Harbor, a base naval dos Estados Unidos no Havaí. O ataque surpresa matou mais de dois mil americanos e mudou a opinião pública dos americanos, que decidiram entrar na Segunda Guerra Mundial. O famoso bombardeio aconteceu em 7 de dezembro de 1941.

Em outro dia 7 – dessa vez 7 de abril de 1937, quatro anos antes – o jornal Los Angeles Examiner publicava a matéria “Como o Japão poderia atacar os Estados Unidos”. Na época, o Japão havia acabado de invadir a China e a reportagem queria alertar para o perigo que o país asiático representava. Só que o mapa que acompanha o texto é, na realidade, um baita plano de guerra, cheio de detalhes, que teria grandes chances de dar mais certo que o ataque japonês a Pearl Harbor.

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O mapa, criado pelo artista Howard Burke, começa mostrando a proximidade entre o território dos Estados Unidos e do Japão. A posição dos dois países ofereceria aos japoneses duas opções de bases navais para atacar: Dutch Harbor, no Alaska, e Pearl Harbor. Como na História, o plano da reportagem começa no Havaí.

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O ataque surpresa em Pearl Harbor enfraqueceu a frota naval americana, assim como a reportagem previu. Mas os japoneses na vida real queriam uma vitória curta e rápida. Assim, os planos não incluíam a destruição dos galpões de manutenção dos navios nem os depósitos de combustível, que seriam essenciais para uma invasão.

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É aí que a História e a reportagem se distanciam. Enquanto os japoneses bombardearam os navios, mas abandonaram Pearl Harbor antes que a defesa americana conseguisse se organizar, o ataque teórico arquitetado pelo Examiner parte da ideia de que o Japão conquistou o controle da base naval. A partir de Pearl Harbor, os navios e aviões japoneses avançariam contra São Francisco e Los Angeles.

O mapa do jornal mostra pontos estratégicos de ataque que levariam ao isolamento das duas cidade. A Golden Gate Bridge (ponte símbolo de São Francisco), se bombardeada, levaria à paralisação do porto, bloqueando todo o comércio na área.

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Em Los Angeles, as ilustrações indicam onde ficavam os grandes reservatórios de petróleo e as áreas mais desprotegidas da costa, que serviriam bem para a aterrissagem de aviões. Os desenhos mostram também os pontos da rede elétrica e dos aquedutos que, se bombardeados, levariam a uma enorme crise de abastecimento de energia e água.

E, para o plano que o Examiner apresentou, toda a carnificina na Costa Oeste seria só uma cortina de fumaça. Enquanto as forças de defesa dos EUA seriam atraídas para o sul do Pacífico, as forças japonesas se concentrariam no norte.

Lembra de Dutch Harbor? Segundo a reportagem do Examiner, a baía do Alaska ficaria desprotegida e vulnerável. E se tornaria a base principal de um massificado ataque japonês, que seguiria através de Seattle por terra e pelo ar para atacar o interior do país.

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Considerando o tamanho dos Estados Unidos, conseguir tomar todo o território americano e, principalmente, manter controle sobre ele seria uma tarefa quase impossível. Mesmo assim, é bem provável que a estratégia do jornal resultasse em uma vitória japonesa bem mais extensa do que o susto de Pearl Harbor. Fica a dica: se for atacar um país, vale dar um Google nos jornais locais. Vai que eles já fizeram metade do planejamento no seu lugar.

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