[pergunta de Luíse Guadios, Salvador, BA]
Tudo começou com um estranho hábito dos gregos, que por volta do século VI a.C. iniciaram um método de adivinhação chamado catoptromancia.
Consistia em usar um copo raso ou uma tigela de louça com água onde a imagem da pessoa era refletida na superfície, como num espelho, e lida por um vidente. Se um desses recipientes caísse e quebrasse enquanto alguém se olhava, significava que ou a pessoa ia morrer ou os dias vindouros seriam catastróficos.
Os romanos adotaram o costume e a superstição grega, acrescentando que o infortúnio se estenderia por sete anos, tempo que acreditavam durar seu ciclo de saúde. A regra valia sempre que a pessoa buscasse sua imagem refletida.
Quando, em Veneza, surgiram os primeiros espelhos quebráveis de vidro, em 1300, a superstição passou a ter aplicação econômica. Como os espelhos custavam caro, os serviçais que os limpavam eram advertidos que quebrá-los realmente traria muito azar.
A crença perdura até hoje.