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Da próxima vez que te mandarem para a Cochinchina, vá!

Ela fica – ou melhor, ficava – no extremo Sul do Vietnã e teve esse nome por mais de 430 anos. As belezas locais, porém, estão mais presentes do que nunca.

Por Salus Loch
Atualizado em 2 nov 2016, 22h11 - Publicado em 2 nov 2016, 19h25

Por essa você não esperava: a Cochinchina existe! Ou, pelo menos, existiu com esse nome por 431 anos, entre 1516 e 1947. E olha, vale muito a pena conhecê-la.

Localizada no extremo Sul do Vietnã, a Cochinchina (atual Nam Ky) abriga a principal cidade vietnamita, Saigon (chamada desde 1979 de Hoh Chi Minh); o Delta do Rio Mekong; os incríveis túneis de Cu Chi, que serviram de moradia para mais de 3 mil pessoas durante a Guerra do Vietnã; as praias de areias vermelhas de Mui Ne; entre outras atrações.

E adivinha quem deu o nome de ‘batismo’ à região? Os portugueses! Sim, nossos patrícios também estiveram por lá. Em uma de suas inúmeras expedições, os intrépidos portugas descobriram que o lugar era chamado localmente de Kuchi, uma palavra de origem malaia.

O detalhe é que já existia um outro lugar chamado Kochi, na Índia. Assim, para não dar confusão, os lusitanos (que chamavam o local indiano de Cochin), decidiram dar à “nova terra” o nome de Cochin-China, por estar próxima da China. Simples e eficiente, ora pois.

O tempo passou e a Cochinchina sofreu calada. No imaginário ocidental, virou lugar de referência para quem queria mandar alguém para longe, ou para aqueles que pretendiam se referir a um lugar para lá de distante. Vai dizer que você nunca ouviu sua avó fazendo ‘referência’ àquele canto do mundo?

Sob o domínio dos franceses, virou ‘Cochinchine’ – chique, mas ainda longínquo (para nós tupiniquins, especialmente). No entanto, em 1947, a brincadeira acabou. A região se transformou no Vietnã do Sul que mais tarde, ao perder a Guerra do Vietnã lutando ao lado dos EUA, se uniria ao Vietnã do Norte, e formaria o Vietnã unificado que temos hoje.

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Mas não é só pela história e pela afinidade com o imaginário coletivo que a SUPER foi checar o que a Cochinchina tem. Depois de rodar por mais de 800 km, seguem 10 bons motivos para você curtir a Cochinchina se te mandarem para lá!

1. Túneis Cu Chi (foto e vídeos)

MichelleMealing | iStock
MichelleMealing | iStock (MichelleMealing | iStock)

O local representa com louvor o espírito guerreiro e engenhoso do povo vietnamita. Construído pelos vietcongues para servir de abrigo e moradia durante a Guerra do Vietnã, os túneis alcançaram 250 km de extensão (ligando Saigon até o Camboja), com diversos pavimentos, entradas secretas e armadilhas para os inimigos que ousassem invadir. Em determinado período do conflito, mais de 3 mil famílias chegaram a morar nos túneis, que tinham cozinha, quartos e até hospital.

São duas opções para visitação: o túnel Ben Dinh (mais voltado aos turistas) e o túnel Ben Duoc, que, além de guardar trechos dos túneis originais, conta com um memorial erguido pelo governo vietnamita em honra às cerca de 500 pessoas que lá morreram na Guerra. Este é o espaço visitado pela população local. No total, mais de 1 milhão de pessoas passam pelos complexos de túneis a cada ano. Cu Chi está localizado a cerca de 70 km de Ho Chi Minh. A entrada no Bem Duoc custa 90 mil dongs (cerca de R$ 15). Mas, atenção: você que é claustrofóbico, não se arrisque a perambular pelas vielas subterrâneas. O lugar é apertado e infestado de morcegos. Pessoas com mobilidade reduzida também podem ter dificuldades de deslocamento.

 

2. Delta do Rio Mekong

Salus Loch
Salus Loch (Salus Loch)

O Mekong (13º maior rio do mundo) nasce no Tibet e atravessa boa parte do Sudeste Asiático até desembocar no mar, em território vietnamita. Seu delta ocupa importante área do Vietnã, onde a produção de arroz sustenta a economia local, dividindo atenções com o turismo. O passeio ao Delta do Mekong pode ser facilmente comprado em uma das centenas de agências de turismo de Ho Chi Minh, e custa por volta de 6 a 7 dólares (por um dia, com almoço incluso) e algo em torno de 20 dólares para dois dias (com pernoite em hotel). Além de sua beleza, a visita ao barrento rio vale a pena por que ali, em meio aos locais – e um punhado de turistas, claro – você pode sentir o cheiro do verdadeiro Vietnã, cruzando com o sorriso fácil dos moradores de origens mais humildes nas vilas de pescadores ou nos mercados flutuantes, que vendem de tudo ao longo do Delta.

3. Areias vermelhas da praia de Mui Né

O nascer do sol nas dunas de Mui Ne é para ficar na memória.

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Salus Loch (Salus Loch)

No caminho, você também pode visitar as areias vermelhas (goi Gato, em vietnamita) de uma praia próxima às dunas.

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Salus Loch (Salus Loch)

Outro belo passeio se dá ali do ladinho, o Arroio das Fadas.

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Salus Loch (Salus Loch)

Mui Ne fica a pouco mais de 4h de viagem de Ho Chi Minh, e a passagem custa cerca de 6 dólares. Perto da praia, há inúmeros hotéis e hostels, com preços para todos os bolsos. Uma curiosidade: o número de russos na praia de Mui Ne impressiona, e justamente por isso há mais placas indicativas em russo do que em inglês. Apenas para lembrar: o Vietnã (aliado da antiga União Soviética) é um país comunista, mas de economia aberta.

4. Museu da Guerra

VanderWolf-Images | iStock
VanderWolf-Images | iStock ()

O Museu de Saigon, que tem o custo de entrada de 15 mil dongs (R$ 2,70), exibe as atrocidades cometidas durante a Guerra do Vietnã contadas com o olhar vietnamita. Lá estão expostos aviões, helicópteros, armas e, especialmente, fotos (muitas delas chocantes) e informações a respeito do conflito que dividiu o país – comunistas do Norte de um lado e capitalistas do Sul de outro, e deixou mais de 3 milhões de civis mortos, entre 1955 e 1975, na Guerra do Vietnã (curiosamente chamada pelos vietnamitas de Guerra Americana).

Localizado na área central da cidade, o espaço recebe mais de 500 mil visitantes por ano. Seus horários de funcionamento são das 7h30 ao meio-dia, e das 13h30 às 17h, durante os sete dias da semana.

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5. Ilha Phu Quoc

HuyThoai | iStock
HuyThoai | iStock ()

A maior ilha do Vietnã, localizada junto ao Golfo da Tailândia. Antigamente utilizada como prisão de guerra, a ilha é um tesouro escondido, com um mar lindo e ondas fortes, o que aumenta ainda mais a diversão. Há diversos cruzeiros que vão até Phu Quoc e os preços não assustam tanto, considerando a beleza do local. Cerca de 100 dólares, incluindo pernoite e alimentação. Atualmente, 85 mil pessoas moram na ilha, que tem 50 km de comprimento e 22 km de largura. A temperatura média é de 28º C, podendo chegar a uma média de 35º C no auge do verão (entre os meses de abril e maio).

6. Parque Nacional de Cat Tien

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Uma das mais importantes reservas naturais do Vietnã é reconhecido mundialmente por ser um santuário para rinocerontes. Localizado entre Saigon e Da Lat, o parque faz parte da floresta tropical do país e abriga mais de 230 espécies de pássaros. A entrada custa cerca de R$ 10.

7. Catedral de Notre-Dame

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Se você curte igrejas, uma visita à Catedral Notre-Dame de Saigon não pode faltar no seu roteiro. Construída em 1880 pelos colonialistas franceses, a igreja se destaca no centro da cidade, que é predominantemente budista. Em 2005, reza a lenda, que a estátua de Virgem Maria localizada em frente à Catedral teria “chorado”. O fato, contestado pela igreja católica, ainda arrasta multidões que vão até lá clamando por milagres.

8. Palácio da Reunificação

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Salus Loch (Salus Loch)

Também construído pelos franceses, durante o período de dominação, o prédio foi totalmente reconstruído na década de 1960, após ter sido destruído em 1962, durante a Guerra do Vietnã. Em 1975, o Palácio foi o marco da liberação de Saigon pelo exército do Vietnã do Norte – evento que pôs fim à Guerra que assolou o país por 20 anos. Hoje ele é um prédio governamental, com áreas abertas ao público diariamente, das 8h às 11h e das 13h às 16h. A entrada custa 15 mil dongs (R$ 2,70).

9. Distrito Cholon (Chinatown)

CharlieTong | iStock
CharlieTong | iStock ()

É a área chinesa da cidade de Ho Chi Minh. Entre as principais atrações estão o templo de Quan Na e de Thien Hau (dedicado ao Deus dos Mares), além do mercado de Bihn Tay. Pra quem gosta de tomar um chazinho, há casas de chá por todos os lados. Ali você vai encontrar, também, a maior comunidade chinesa vivendo no Vietnã. O distrito Cholon fica nos bairros 5 e 6 de Ho Chi Minh.

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10. “Cristo Redentor” de Vung Tau

Salus Loch
Salus Loch (Salus Loch)

Com 32 m de altura, a estátua de Cristo em Vung Tau, cidade litorânea do Sul do Vietnã, vale só para quem não conhece o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Entra aqui como nossa 10ª ‘atração’ pelo esforço dos vietnamitas. Detalhe: por suas belas praias e pela proximidade com Ho Chi Minh, Vung Tau é a queridinha dos ricos de Saigon.

Marjot | iStock
Marjot | iStock ()

 

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