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Duelo de Bárbaros – Átila x Gêngis Khan

Na Europa, Átila derrotou em 10 anos todos os povos do continente - só Roma o parou. Na Ásia, Gêngis Khan matou 4 milhões em sua campanha meteórica de conquista territorial. Qual deles foi o mais exemplar carrasco?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 31 Maio 2012, 22h00

Átila, o Huno (406-453)

FICHA CRIMINAL: Seu apelido era Praga de Deus. Criado às margens do rio Danúbio, onde hoje é a Hungria, foi por volta do ano 434 que Átila herdou do pai um pedaço de terra e o desafi o: liderar os hunos, seu povo dividido em tribos fracas mas em guerra.

O PREÇO DO PODER: Ele conseguiu unifi car os hunos e governar ao lado do irmão, Bleda. Mas aí, em 445, resolveu assassinar o concorrente para assumir de vez o comando. É o que diz a versão clássica da história, ainda não comprovada.

ESTRATÉGIA DE GUERRA: Experts em montaria e arco e fl echa, os hunos adotaram capacetes, escudos e catapultas depois do contato com os romanos. Eram célebres pelo terror de seus ataques, o que turbinava o poder de blefe de Átila. Comumente, ganhavam por W.O.: à menor ameaça, cidades se entregavam sem se atrever a lutar. O chefe praticava a extorsão sem remorso: Teodósio 2o, imperador romano do Oriente, por exemplo, pagou com ouro e terras para que os bárbaros de Átila não destruíssem a capital Constantinopla.

MANIAS: Era metódico e organizado – diziam que seus acampamentos eram bem ajeitados. Seu exército apreciava carne crua e vivia usando pedaços como sela de cavalo antes de devorá-los. Eram ainda piolhentos e há quem diga que bebiam sangue de inimigos decapitados.

BOLA FORA: Tinha nas mãos terras do rio Danúbio ao mar Báltico e do rio Reno até o mar Cáspio, mas não conseguiu conquistar Roma. As tentativas vieram depois que Honória, irmã de Valentiniano 3o, o imperador romano do Ocidente, enviou a Átila um pedido de socorro, porque seria obrigada a se casar com um homem que não queria. O rei dos hunos interpretou a mensagem como oferta de núpcias e aproveitou a deixa para exigir como dote metade do território romano. Resolveu ir cobrar à força esse dote “devido”, marchando em direção a Roma, mas fracassou na Batalha de Chalôns, em 451 – vale dizer que também não ganhou a moça.

É LENDA? As tropas de Átila transformavam cidades em pó, saqueavam mosteiros, decapitavam e estupravam mulheres ao bel-prazer. Depois de um estrago feito na Gália, espalhou-se o boato de que por onde Átila passava não nascia mais grama. Crendice, claro.

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Duração do reinado: 19 anos (de 434 a 453)
Território: 4 milhões de km² (quase metade do Brasil)
Tropa: pelo menos 100 mil hunos, ostrogodos, burgúndios, alanos e francos

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Gêngis, o Mongol (1162-1227)

FICHA CRIMINAL: Quando nasceu, em 1162, às margens do rio Onon, era chamado de Temudjin. Mudou de nome quando virou o rei (Khan) dos mongóis, em 1206. Antes disso, sua primeira missão foi recuperar a própria mulher, raptada pela tribo inimiga merkit. Não era comum maridos irem atrás das esposas sequestradas – o sucesso na empreitada começou a construir a “marca” do guerreiro.

O PREÇO DO PODER: Aos 15 anos, foi pescar com o meio-irmão e resolveu matá-lo com uma fl echada. Melhor evitar futuras disputas pela liderança do clã.

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ESTRATÉGIA DE GUERRA: Um só lema: matar ou morrer – com preferência pela primeira, claro. Os mongóis eram cavaleiros ágeis, mas o que fazia diferença era o sangue nos olhos da tropa. Eram absolutamente determinados, jogavam sujo, escondiam punhais e machados por baixo de seus casacões e chapéus cônicos. A inteligência estratégica do chefe também surpreendia: ele dividia a turma em unidades de 10, 100, mil e 10 mil e mantinha membros treinados para fazer a comunicação entre as fi leiras.

MANIAS: Quem machucasse os olhos de um cavalo, praticasse a sodomia, abandonasse um colega ferido ou se negasse a dividir comida era morto. Gêngis não tolerava desertores – chegava a mandar decapitar ex-soldados. E tinha senso prático: apesar de a praxe ser assassinar toda uma população, às vezes poupava profi ssionais de valor como carpinteiros, pedreiros e, quem diria, atores.

BOLA FORA: Só entrou em briga para ganhar, conquistou da costa do Pacífi co ao mar Cáspio com uma tropa relativamente pequena, mas não viu seu império atingir o auge – adoeceu e morreu em 1227, durante a campanha de conquista da China. A vitória veio 7 anos depois, com seu terceiro fi lho, Ogodai, no controle. Mas logo o império se desintegrou: os fi lhos resolveram dividir a herança e cuidar de suas vidas em territórios separados.

É LENDA? Segundo uma pesquisa de 2003 da Universidade de Oxford, 16 milhões de pessoas, ou 8% da população que vive nas fronteiras do antigo império mongol, têm em seu DNA genes de Khan. Como o homem teve 100 fi lhos, a teoria é quente. Mas prova não há.

Duração do reinado: 21 anos (1206 a 1227)
Território: 33 milhões de km² (quase 4x o Brasil)
Tropa: no máximo 100 mil pessoas

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