A Corrente do Golfo, que leva as águas quentes do Caribe para o Atlântico Norte, já era conhecida desde o século XVI. Mas faz apenas um século que se conseguiu desvendar o seu complexo mecanismo. E o autor da proeza foi um amador, o príncipe de Mônaco Alberto I (1848-1922). Apaixonado desde jovem pelo mar, ele gastou em viagens de pesquisa uma parte do dinheiro que a família acumulou com os cassinos. Em 1885, a bordo de iate Hirondelle, o príncipe lançou ao mar 150 garrafas de vidro, dez esferas de cobre e vinte barris de madeira. Cada recipiente continha instruções em dez línguas diferentes, pedindo a quem o encontrasse para enviar uma carta com a data e o lugar em que foi achado. Outras centenas de garrafas foram lançadas em expedições posteriores. Houve 227 respostas. Graças a elas, foi possível estabelecer os limites, as ramificações e a velocidade da Corrente do Golfo.