Histórias de dois mundos
É preciso conhecer profundamente a trajetória dos seus discípulos ao longo dos séculos da doutrina.
Rodrigo Vergara e Rodrigo Cavalcante
De um jeito ou de outro, a maioria das cerca de seis bilhões de pessoas que habitam a Terra sofreram alguma influência de dois grandes movimentos da história: o Islamismo, no século VII no Oriente Médio, e o Renascimento, a partir do século XIV e XV na Itália e em outros países europeus. Com os dois primeiros volumes da coleção “História Essencial” (Objetiva) ficou mais fácil conhecer com detalhes a origem dos dois pontos de ruptura. Em O Renascimento, o historiador inglês Paul Johnson apresenta, de forma enxuta e clara, o mundo dos artistas e dos intelectuais que tiraram a Europa da Idade Média. Johnson vasculha histórias dos ateliês dos artistas para escrever sobre a mudança de suas técnicas, o patrocínio da Igreja e dos mecenas, as disputas entre as cidades italianas. Johnson apresenta uma visão minuciosa dos primórdios da Idade Moderna.
Já a leitura de O Islã, da inglesa Karen Armstrong, é bem mais densa. Afinal, para entender o Islamismo não basta saber o que o profeta Maomé disse. É preciso conhecer profundamente a trajetória dos seus discípulos ao longo dos séculos da doutrina. Ao final da leitura, a recompensa: você vai entender as diferentes correntes e descobrir que falar do Islamismo como uma coisa só é o mesmo que tratar cristãos – incluindo aí católicos, mórmons poligâmicos e adventistas – como a mesma coisa.