O labirinto era curral
Famoso palácio-labirinto que existiu na ilha mediterrânea de Creta pode ter tido uma finalidade bastante prática: tratava-se de um centro de criação e reprodução de gado.
O famoso palácio-labirinto do Minotauro, que existiu na ilha mediterrânea de Creta, pode ter tido uma finalidade bastante prática: tratava-se de um centro de criação e reprodução de gado, usado em cerimônias que marcavam a passagem dos adolescentes masculinos para a condição de adultos e em jogos esportivos, talvez ancestrais das touradas que ainda hoje existem em várias cidades européias. Pelo menos essa é a conclusão a que parecem apontar as descobertas do arqueólogo alemão Günter Nobis, direto de um museu em Bonn.
Intrigado com as centenas de ossos encontrados no local, ele resolveu descobrir a que tipos de seres eles pertenciam. Muitos eram de touros, outros de bisões, animais europeus ameaçados de extinção. Mais interessante foi a descoberta de ossos de um animal desconhecido, que se acredita era resultante do cruzamento das duas espécies anteriores, ou seja, metade bisão, metade touro. Os cretenses devem ter aumentado sua reputação como criadores de gado quando conseguiram reproduzir essa nova espécie de animal. Para Nobis, a lenda do Minotauro, o ser mitológico metade homem, metade touro pode ter algo a ver.