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O que é o Mahabharata?

Os momentos que antecedem o confronto final, compõem o trecho mais famoso do poema, conhecido como Baghavad Gita Canção do Divino Mestre.

Por Leandro Sarmatz
Atualizado em 2 nov 2016, 19h22 - Publicado em 31 jan 2002, 22h00

“A Grande História dos Bharatas”, como se traduz seu título, é o principal épico religioso da civilização indiana – e também o maior poema de todos os tempos, com cerca de 200 000 versos. Só para ter uma idéia, isso equivale a sete vezes a soma da Ilíada com a Odisséia, os dois épicos atribuídos ao poeta grego Homero que inauguraram a literatura ocidental. Em sânscrito, bharatas queria dizer originalmente “saqueadores”, termo que deu nome às tribos arianas que teriam ocupado a Índia em torno de 1700 a.C. (invasão hoje contestada por muitos historiadores). O livro só ganhou sua forma definitiva no século II d.C., mas acredita-se que a maioria dos versos foi compilada no século IV a.C. – apesar de serem bem mais antigos na tradição oral, como quase todos os textos religiosos. A coletânea é creditada ao sábio Vyasa, personagem mítico considerado o autor de outras escrituras sagradas do hinduísmo, como os Vedas e os Puranas.

O Mahabharata narra a guerra entre Pandavas e Karauvas – duas famílias com laços de parentesco muito próximos – pela posse de um reino no norte da Índia. Os momentos que antecedem o confronto final, conhecido como Batalha de Kurukshetra (cidade dessa região), compõem o trecho mais famoso do poema, conhecido como Baghavad Gita (“Canção do Divino Mestre”). É quando o príncipe Arjuna, em crise de consciência por estar combatendo amigos e familiares, cogita desistir da luta e entra em diálogo com o deus Krishna, que o convence que aquela guerra faz parte do destino do seu povo e não pode ser evitada. A ética do guerreiro é, aliás, uma questão central no livro, retratando uma época em que as batalhas entre os indianos seguiam regras surpreendentes nesse sentido: um soldado montado em um elefante, por exemplo, não podia atacar quem estivesse a pé. Da mesma maneira, um homem que estivesse fugindo ou tivesse perdido suas armas não podia ser preso, ferido ou morto.

Os confrontos acabavam rigorosamente ao pôr-do-sol, pois à noite havia confraternizações entre os soldados de ambos os lados. Apesar disso, a Batalha de Kurukshetra teria sido uma sangrenta carnificina da qual, após 18 dias de conflito, teriam restado apenas cinco sobreviventes para perpetuar a dinastia dos Pandava.

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