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O que se passa no interior da Terra?

Por que ainda não conseguimos prever com precisão a ocorrência de terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h23 - Publicado em 31 Maio 2007, 22h00

Tiago Cordeiro

No chão que nós pisamos não tem nada de firme. Estamos apoiados em uma camada finíssima de rocha, de mais ou menos 40 quilômetros de espessura. Embaixo dela, até o centro do planeta, existem 6 330 quilômetros de pedras densas a 2 000 ºC de temperatura e um núcleo de ferro que se mantém a 4 000 ºC. Nunca fomos além de 15 quilômetros de profundidade e, mesmo assim, com base no estudo das ondas que chegam de baixo, os cientistas sabem o que são e de que são feitas essas diferentes camadas.

Também descobrimos que o solo da Terra se apóia em pelo menos 16 grandes placas tectônicas, blocos de magma endurecido que se movem lentamente. Cada um deles passeia a uma velocidade própria e para uma determinada direção. É um processo lento, mas muito dinâmico: tudo indica que o Casaquistão já esteve ligado à Noruega, e muitos geólogos acreditam que, num futuro distante, a Califórnia vai se separar do continente americano e a África vai passar por cima do mar Mediterrâneo e se juntar à Europa. Nesse vaivém de placas, é comum que elas se choquem e provoquem grandes tremores. Os pesquisadores também sabem que as erupções vulcânicas são resultado do transbordamento de magma, que encontra uma forma de escapar para a superfície e sobe com grande pressão. Isso é possível porque o magma se movimenta na forma de correntes de convecção – o mais quente sobe, chega perto da crosta, fica mais frio, se torna pesado e desce.

Certo, temos uma boa idéia sobre o que acontece no interior do planeta. E, ainda assim, não fazemos a menor idéia de como prever a ocorrência de terremotos, tsunamis e erupções. Por quê? “Porque conhecemos o processo, mas não conseguimos observá-lo com precisão”, responde o geólogo José Eduardo Pereira Soares, professor da UnB. “A gente nunca sabe que tipo de ocorrência o encontro das bordas das placas vai provocar nem consegue prever quando o magma acumulado vai ser liberado. Tentamos pesquisar a história do local, para identificar algum tipo de padrão, mas a verdade é que nunca chegamos nem perto de acertar.”

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O buraco é mais embaixo

Cerca de 6 330 quilômetros separam a crosta do núcleo da Terra. Até hoje, não fomos além de 15 quilômetros

1. Crosta

Tem 40 quilômetros de espessura em terra seca e 7 no fundo do oceano. Feita basicamente de rochas menos densas do que as que estão embaixo, a casca do planeta flutua sobre o magma, como rolha na água. A crosta está apoiada em pelo menos 16 grandes placas tectônicas, formadas pela camada externa de magma endurecido.

2. Manto

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É formado por 3 000 quilômetros de camadas de magma – uma mistura de rochas derretidas, gases e vapor d’água. As temperaturas ficam em torno de 2 000 ºC, e essa sopa de pedras se mantém líquida porque é submetida a pressões altíssimas. Quanto mais perto do centro do planeta, maior a pressão.

3. Núcleo

Atinge 4 000 ºC e tem duas camadas. A mais profunda é um cristal gigantesco, feito principalmente de ferro. A externa, líquida, gira em uma velocidade maior do que a da rotação da Terra. Essa diferença provoca redemoinhos internos e cria um campo magnético que protege o planeta de boa parte das radiações solares.

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