No início do século XIX só se fotografavam paisagens, pois as câmeras precisavam ficar abertas durante 8 horas para registrar uma foto. Isso só mudou em 1835, quando o pintor e físico francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787-1851) guardou alguns retratos em um armário cheio de substâncias químicas. Dias depois, as imagens tornaram-se mais nítidas. Daguerre intuiu que aquilo era obra de um vapor emanado dos produtos guardados. Mas qual? Para desvendar o mistério, começou a tirar os frascos do móvel e a deixar uma foto, até não sobrar nenhum. Mas as imagens continuaram saindo nítidas lá de dentro. Examinou, então, as prateleiras e achou um termômetro quebrado com gotas de mercúrio em volta. Era o segredo: essa substância, em contato com o iodeto de prata usado nos filmes, acelera e aprimora a revelação. Graças ao mercúrio, o tempo de exposição dos objetos retratados caiu para meia hora. Daguerre também aperfeiçoou um método para fixar e aumentar a longevidade das imagens. Seus daguerreótipos foram precursores da fotografia moderna.