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Os 10 reis ou imperadores mais bondosos e amados por seu povo

Dificilmente algum rei ou imperador governou só pensando no bem comum. Mas selecionamos dez que tomaram várias decisões acertadas e populares

Por Gabriela Portilho
Atualizado em 22 fev 2024, 10h13 - Publicado em 23 Maio 2017, 14h30

PERGUNTA David Silva de Carvalho, São Paulo, SP

Esqueça os soberanos bondosos das mitologias e contos de fadas. Envolvidos em estratégias de aquisição de territórios ou no controle das massas populares, poucos monarcas foram realmente bonzinhos ou amáveis com sua população na história. Mesmo assim, vasculhamos o passado da humanidade e encontramos alguns reis que, se não foram bons o tempo todo, pelo menos deixaram a população bem feliz com algumas de suas medidas.

 

10) Rei Luís 9º
ONDE França
QUANDO 1226 a 1270

Durante a Idade Média, o povo considerava benevolentes aqueles reis que seguiam a ética da Igreja – que, convenhamos, não era das mais justas. Nisso, Luís 9º foi um craque. Proibiu o nepotismo, os duelos, os jogos de azar, a prostituição e a blasfêmia. Por ter alargado o alcance da Igreja na França, ele foi canonizado, tornando-se São Luís – apesar de ter sido também um dos maiores inquisidores e perseguidores de judeus na época.


9) Imperador augusto
ONDE Roma
QUANDO 27 a.C a 14 d.C.

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O soberano gostava de dar bons exemplos de virtude. Certa vez, ele se hospedou na casa de Vedius Pollio, um alto funcionário do governo. Durante a festa de boas-vindas, um dos escravos do anfitrião tropeçou e quebrou um copo de cristal. Vedius ficou irado e ordenou que ele fosse jogado em uma piscina cheia de lampreias. O imperador interveio: salvou o escravo, libertou-o e ainda mandou seus soldados quebrarem todos os copos de cristal do cruel anfitrião.

 

8) Imperador Shun
ONDE China
QUANDO 2233 a 2184 a.C.

Desse lendário imperador da Antiguidade só existem relatos da tradição oral. Shun foi considerado o fundador da cultura ética chinesa, sempre por meio de seus exemplos. Toda vez que ia pescar, o imperador ocupava a parte do rio com menos peixes, deixando a melhor pesca para os outros. Seu caráter era tão inspirador que todos queriam ser seus vizinhos, e a casa isolada de Shun ganhou “puxadinhos” até se tornar uma grande cidade.

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7) Imperador Trajano
ONDE Roma
QUANDO 98 a 117

Trajano fez a alegria do povo romano distribuindo trigo para mais de 200 mil pessoas, da aristocracia à plebe. Como mesmo assim muita gente ficava de fora, Trajano passou a sortear uma vaga no bolsa-trigo toda vez que morresse um cidadão. Mas a doação não era pura generosidade do imperador. Os pães, financiados pelas guerras romanas, faziam parte da política do pão e circo, que tentava distrair as massas com comida e diversão.

 

 

6) Rei Jorge 3º
ONDE Inglaterra
QUANDO 1760 a 1820

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Ele governou durante uma época turbulenta e foi considerado um dos responsáveis pela perda das 13 colônias americanas. A verdade é que Jorge não queria muito saber de política e preferia passar seu tempo fomentando a lavoura e trocando ideias com fazendeiros sobre as coisas do campo, muitas vezes em visitas casuais não anunciadas. Sua postura levou a agricultura do país a um pico e lhe valeu o apelido de “Jorge Fazendeiro”. O líder também curtia astronomia, e financiou a construção do maior telescópio da época. Com ele, o astrônomo William Herschel descobriu o planeta Urano, em 1781.

 

5) Rei Açoca
ONDE Índia
QUANDO 268 a 232 a.C.

Depois de matar mais de 200 mil pessoas na conquista de um reinado vizinho, Açoca teve uma baita crise de consciência. Convertido ao budismo, ele dedicou seus esforços à preservação de todas as formas de vida. Durante seu império, caça esportiva e sacrifícios foram proibidos, assim como a morte de peixes e pássaros. Para curar os bichinhos feridos, Açoca criou o primeiro hospital para animais da história.

 

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4) Imperador Dom Pedro 2º
ONDE Brasil
QUANDO 1831 a 1889

Decidido a ser um imperador mais virtuoso do que seu pai, Pedrinho deixou de lado a pompa real e mergulhou em cultura. Em vez das festas no palácio, preferia dançar nos bailes da cidade e era adepto de festas afro-brasileiras. Era favorável ao fim da escravidão e fundou uma biblioteca sobre etnografia e línguas indígenas. Também ergueu o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde aplicava pessoalmente provas, selecionava professores e conferia individualmente as notas dos alunos. Porém, Pedro pecou no excesso de violência do Brasil na Guerra do Paraguai.

3) Rei Singye Wangchuck
ONDE Butão
QUANDO 1972 a 2006

Ele abdicou da vida no palácio e foi viver em uma casa de madeira, longe dos excessos do poder. Para medir o desenvolvimento de seu país sem os estranguladores índices econômicos, criou o FIB (Felicidade Interna Bruta), que mede a qualidade de vida usando fatores como a quantidade de tempo livre e a preservação ecológica. Depois de 33 anos no trono, abdicou para que fossem realizadas as primeiras eleições do país.

 

 

2) Imperatriz Wu Zetian
ONDE China
QUANDO 690 a 705

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Wu Zetian foi a única mulher a governar como imperatriz na história chinesa. Durante seu reinado, o país viveu um de seus períodos mais pacíficos e culturalmente ricos. Ela incentivou a escrita de biografias sobre grandes personagens femininas e promoveu mulheres nobres a altos postos políticos. Wu ainda reduziu a taxa de impostos sobre os agricultores e substituiu os aristocratas nos cargos públicos por estudiosos, que só podiam ingressar aos seus postos depois de vários exames.

 

1) Ciro, o Grande
ONDE Pérsia
QUANDO 559 a 530 a.C.

Ciro foi um dos primeiros imperadores a poupar os inimigos vencidos, empregando-os em cargos administrativos de seu império. Ao conquistar a Babilônia, libertou os escravos, estabeleceu a igualdade racial e declarou que todos teriam o direito de escolher a própria religião. Os decretos foram gravados num cilindro de barro que foi considerado pela ONU, em 1971, um dos precursores da carta de direitos humanos – ideia que, mais tarde, foi contestada por historiadores que achavam que o registro não passava de um instrumento de marketing do imperador. O típico “fez e mostrou que fez”.

 

CONSULTORIA Milton Carlos Costa, professor do Departamento de História na Unesp, campus de Assis (SP); Andrea Lucia Dorini, coordenadora do Departamento de História na Unesp, campus de Assis (SP)

FONTES Sites Women in World History, BBC, História Viva e Time Magazine

 

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