Paredões do país
Um passeio deslumbrante pelos penhascos e escarpas dos cânions brasileiros
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Atualizado em 31 out 2016, 18h27 - Publicado em 31 out 2003, 22h00
Antônio Paulo Pavone
O princípio do precipício
Os desfiladeiros do cânion Número 1 do Rio Preto, na chapada dos Veadeiros, em Goiás, formaram-se pela ação de um rio que cortava caminho em meio às pedras. A água até hoje corre por lá, formando nascentes, remansos e cachoeiras. Apesar de ser bastante limpa, ela é escura por ser rica em óxido de ferro
Defesa natural
Com 7 quilômetros de extensão, o cânion Fortaleza é o maior do Parque Nacional da Serra Geral, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O nome surgiu do formato dos rochedos, que parecem enormes muralhas fortificadas
História no muro
A serra da Capivara, no Piauí, é considerada patrimônio cultural da humanidade por abrigar um dos maiores sítios arqueológicos da América do Sul, com pinturas rupestres de mais de 25 mil anos. Algumas foram feitas em paredões que já são um monumento, como o Boqueirão da Pedra Furada
Divisor de terras
Os paredões do cânion das Andorinhas são uma das atrações do Parque Nacional da Serra da Capivara. Essas formas únicas surgiram a partir da atividade vulcânica que separou o continente africano da América do Sul. O terreno já foi fundo de oceano e berço de florestas tropicais
Corcovas baianas
Em meio ao sertão baiano está a chapada Diamantina, com paredões abruptos como este, o morro do Camelo. A ação dos ventos e das águas arredondou as serras e esculpiu abismos profundos
Todas as alturas
Quem quiser caminhar do ponto mais baixo ao ponto mais alto da serra do Sincorá, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, vai ter que subir mais de mil metros. A variação de altitude ali é tanta que consegue abrigar animais de diversos tipos e gerar uma enorme biodiversidade
Um mar em Minas
O estilo único do cânion das Bandeirinhas, em Minas Gerais, está em sua origem: a região era fundo de mar há 1,7 bilhão de anos, o que pode ser provado pelas marcas na rocha, gravadas pelas marés ao longo do tempo. Apesar de ser um dos pontos mais visitados da serra do Cipó, em Minas Gerais, a natureza local continua preservada
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