Prêmios científicos:inscrições abertas!
Oferecer prêmios em dinheiro por avanços científicos virou moda. Confira alguns dos mais cobiçados.
Luciana Farnesi
CONSTRUTOR DE AR
Desafio: Tirar oxigênio de pedra da Lua.
Prêmio: US$ 250 mil.
O pedido veio do presidente dos EUA. Em 2004, George W. Bush avisou: “Nossa missão é voltar à Lua até 2020 e deixar os astronautas vivendo e trabalhando por lá por períodos cada vez maiores”. O povo da Nasa aplaudiu. Mas os desafios são muitos, como arranjar oxigênio na Lua – pois ficar levando tanques da Terra sai caro. E 2020 está logo aí. O jeito foi se juntar ao Instituto de Pesquisa Espacial da Flórida e pedir ajuda. O prêmio vai para quem fizer uma máquina capaz de tirar 2,5 kg de oxigênio de 100 kg de uma imitação de rocha lunar (que a Nasa provê) em 4 horas.
ENGENHEIRO JETNS
Desafio: Criar um avião particular que seja prático como um carro.
Prêmio: US$ 250 mil.
Ter um avião estacionado na garagem vai ser tão comum quanto ter um carro. É o que a Nasa prevê para daqui a 15 anos. Culpa do trânsito, que nos fará buscar outros meios de transporte. Pra dar um gás na criatividade, a Nasa e a fundação Cafe (Eficiência em Aviação Comparativa) lançaram um desafio: construir um miniavião (2 a 6 lugares) seguro, silencioso, confortável, barato, que use combustível renovável e que seja fácil de pilotar. Além disso, ele deve ser capaz de pousar numa pista pequena.
RATO MATUSALÉM
Desafio: Rejuvenescer um rato.
Prêmio: Até US$ 3,6 milhões.
Botox é coisa do passado. A Fundação Methuselah (Matusalém, em hebraico), quer descobrir como reverter, ou ao menos retardar, o envelhecimento. O primeiro passo é rejuvenescer nosso amigo de laboratório: o rato. É aí que você entra. Se fizer um rato viver mais de 1 819 dias, que é o recorde anterior, já ganhou. Se fizer o vovô rato voltar a ter a saúde do neto dele, leva também. O prêmio depende dos resultados da experiência e de quanto a fundação tiver na poupança, que vive de doações: em setembro, estava com US$ 3 629 847.
FAIXA PRETA DE KUMON
Desafio: Resolver problemas matemáticos.
Prêmio: US$ 7 milhões.
É só escolher a área em que você é gênio e ir atrás da bolada. O Instituto de Matemática Clay, de Massachusetts, EUA, oferece US$ 1 milhão pela resposta a cada um dos 7 problemas quase insolúveis que ela selecionou. Tem de álgebra, geometria, física quântica etc. Melhor correr, porque o primeiro milhão já está reservado. O russo Grigory Perelman resolveu um desses problemas, a Conjectura de Poincaré, que ajuda a explicar a geometria do Universo. Se ninguém contestar seu trabalho em 2 anos, ele será o primeiro a levar seu milhão.