Somos bombardeados por mensagens publicitárias em todos os cantos. Essa arte de tornar um objeto público, como mostrar ao consumidor as qualidades de um produto (mesmo que ele não tenha tantas assim…), nasceu no início no século 19. Nessa época, o desenvolvimento econômico promoveu um crescimento urbano capaz de abrigar diferentes setores de negócios. Telefone, rádio, carro, geladeira e outros chegavam às lojas todos os dias e era novidade ter tanta coisa para vender. Para fazer com que a nova classe assalariada gastasse o ordenado que recebia e vencer a concorrência, os donos das empresas perceberam que tinham de alardear seus produtos.
Os primeiros anúncios apareceram em jornais e cartazes colados nos muros das cidades. A maioria deles referia-se à venda de imóveis e escravos, à divulgação de datas de leilões e à oferta de serviços de artesãos e profi ssionais liberais. Com a melhoria das soluções gráfi cas e o aparecimento das revistas, os anúncios sofi sticaram-se, ganhando ilustrações e cores. Como no capitalismo tempo é dinheiro, os textos publicitários foram aos poucos se tornando cada vez mais objetivos e práticos, na tentativa de atrair o consumidor em menor tempo possível: em segundos, de preferência.
Com o desenvolvimento industrial, as agências de propaganda norte-americanas imprimiram uma nova estética para a publicidade e passaram a exigir profi ssionalização de seus criadores, desenhistas, fotógrafos e gráfi cos. No século 20, a TV deu um novo impulso à publicidade, criando, com anúncios fi lmados, um poderoso veículo para a divulgação das campanhas de divulgação.