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Qual a diferença entre árabe, curdo, turco, persa, sunita e xiita?

Não confunda: árabes, curdos, turcos e persas são grupos étnicos que habitam diferentes países; já sunitas e xiitas são vertentes da religião islâmica.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 jan 2020, 11h23 - Publicado em 31 Maio 2003, 22h00

Para começar, é preciso fazer uma distinção básica: árabes, curdos, turcos e persas são grupos étnicos, enquanto xiitas e sunitas são seguidores de correntes do islamismo. Nem todo muçulmano é árabe, nem todo árabe é muçulmano.

Os árabes são o maior grupo étnico do Oriente Médio. São maioria no Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, nos países da península Arábica e nos territórios sob a Autoridade Palestina. Também estão presentes nos países do norte da África, reunindo ao todo 415 milhões de pessoas. O grupo é originário da península Arábica, de onde se espalharam, a partir do século 7, em uma grande corrente migratória provocada pela expansão do islamismo. O principal fator que os une, porém, não é a religião, mas a língua, que pertence ao tronco semítico (assim como o hebraico).

Os persas são descendentes de povos indo-europeus que chegaram à região do Irã através da Ásia Central por volta do ano 1000 a.C. A língua é escrita em caracteres árabes, mas é parente da nossa. “Sendo uma língua indo-europeia, o persa é mais próximo do português que do árabe”, afirma Paulo Daniel Farah, professor de Língua, Literatura e Cultura Árabes da Universidade de São Paulo.

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Os turcos são originários da Ásia Central, de onde migraram por volta do século 10. Eles formam mais de 80% dos habitantes da Turquia. O idioma era escrito em caracteres árabes até 1929, quando se adotou o alfabeto latino. Não confunda árabe com turco. Durante seis séculos, até a Primeira Guerra Mundial, os árabes do Líbano e da Síria foram dominados pelo Império Turco-Otomano. A confusão veio dos passaportes que eles usavam para entrar no Brasil – o documento era turco, mas o portador era árabe.

Os curdos são o maior grupo étnico sem Estado do mundo. Embora não haja um número exato dessa população, o Instituto Curdo de Paris, uma entidade que se dedica a estudar esse grupo, estima que existem entre 36,4 milhões e 45,6 milhões de curdos no mundo. Eles ocupam um território de cerca de 500 mil quilômetros quadrados – maior que o do Iraque – que engloba parte da Turquia, Irã, Iraque, Síria, Armênia e Azerbaijão. O idioma curdo é indo-europeu, como o persa, mas a grafia varia. “Os curdos da Turquia usam o alfabeto latino. Os da Síria, Iraque e Irã usam o árabe”, diz Farah.

Religião

Mais de 90% da população do Oriente Médio professa o islamismo. A religião, que conta com 1,8 bilhão de fiéis em todo o mundo, tem duas principais vertentes: o sunismo e o xiismo. Os sunitas são maioria, cerca de 85% do total. A palavra vem do árabe sunnat annabi (“tradição do profeta”). Os xiitas são maioria apenas no Irã, Iraque e Barein.

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Essa divisão existe por causa de uma disputa para decidir quem seria o legítimo sucessor político e religioso do profeta Maomé – a sua linha sucessória não estava clara. Isso gerou uma briga entre seus familiares após sua morte, e desde então os islâmicos se dividiram em vertentes com visões distintas de como as autoridades, os califas, deveriam ser escolhidos.

1. Meca

É a cidade mais sagrada para todos os muçulmanos. Ali está o santuário da Caaba, local de peregrinação anual (hajj) construído por Abraão, o patriarca bíblico. Todo fiel deve fazer suas cinco orações diárias voltado para Meca.

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2. Jerusalém

O maior centro de tensão do Oriente Médio é a terceira cidade mais sagrada para os sunitas (cristãos e judeus também a têm como santuário). Lá está a mesquita do Domo da Rocha, de onde Maomé teria ascendido aos céus.

3. Karbana

Santuário xiita onde está o túmulo de Hussein, neto de Maomé. Ele acreditava ser o sucessor do profeta, mas quem assumiu o trono foi Yazid. Seu assassinato marcou o cisma entre os xiitas – seguidores de Ali, pai de Hussein – e os sunitas.

4. Najaf

A cidade é o terceiro local de adoração dos xiitas. Lá está o túmulo de Ali, genro de Maomé e pai de Hussein. Os xiitas consideram Ali o sucessor de Maomé. A cidade é aberta a não muçulmanos, ao contrário de Meca e Medina.

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5. Medina

Guarda os restos mortais do profeta Maomé e foi a cidade para onde o profeta fugiu. Essa fuga, no ano de 622, é chamada de Hégira e marca o início do calendário muçulmano. É o segundo local mais sagrado para qualquer fiel do Islã.

6. Mashad

É onde está o túmulo do imã Ali al Rida, mártir para os muçulmanos xiitas. Centro importante de peregrinação no Irã, Mashad é considerada a quinta cidade mais sagrada do xiismo (o quarto lugar é ocupado por Karbala).

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