A hipótese mais aceita sobre o aparecimento do gênero Homo é que ele teria ocorrido há 2,5 milhões de anos. O problema sempre foi achar algum fóssil que comprovasse a data. Essa foi a proeza de Bill Kimbel, do Instituto de Origens Humanas, na Califórnia. O maxilar desenterrado por ele na região de Hadar, norte da Etiópia, tem 2,3 milhões de anos. E estava perto de flechas e lâminas de pedra lascada. A mais antiga ferramenta conhecida até então tem 1,8 milhão de anos. Segundo Kimbel, nesse período, viveu o Homo habilis. “Só que o fóssil do homem de Hadar pode ter pertencido a outra espécie, diferente do Habilis”, disse ele. Kimbel explicou à SUPER que não dá para avaliar toda a importância do seu achado porque há pouca informação sobre esse período. “Mas vamos voltar à região para continuar a pesquisa das ferramentas e dos hominídeos de Hadar. Precisamos descobrir mais sobre essa era fundamental da evolução humana, que marca a transição do australopithecus para o homem.”
O lugar do homo de Hadar
Ele ocupa uma forquilha vaga na árvore da evolução humana.
Homo rudolfensis (até 2 milhões de anos atrás)
Homem de Hadar (até 2,3 milhões de anos atrás)
Homo sapiens (até 100 000 anos atrás)
Homo erectus (até 1,8 milhão de anos atrás)
Homo habilis (até 2 milhões de anos atrás)
Ramo do Australopithecus
Ramo do Homo
Tronco comum aos genêros Homo e Australopithecus