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Os três reis magos não eram reis. Nem eram três.

Afinal, quem eram os homens que levaram presentes a Jesus?

Por Redação SUPER
Atualizado em 6 jan 2017, 15h08 - Publicado em 6 jan 2017, 13h11

Está no evangelho de Mateus (e só nele): “magos do oriente” ficam sabendo do nascimento de Jesus e seguem uma estrela que os leva até Jerusalém. Lá eles vão até o palácio real e perguntam a Herodes onde é que vai nascer o “rei dos judeus”. O soberano consulta estudiosos das Escrituras Sagradas, e informa aos magos que o nascimento deve acontecer na cidade de Belém. Então pede que eles voltem para confirmar o paradeiro de Jesus. Os homens mais uma vez seguem a estrela, agora até Belém (a 10 quilômetros de lá).

Então oferecem ouro, incenso e mirra ao recém-nascido. Depois, são alertados em um sonho que não devem contar a Herodes onde Jesus está, e voltam para casa por um caminho alternativo. Herodes, que era ele mesmo o “rei dos judeus”, não queria ser destronado, então mandou seus soldados matarem todos os meninos com menos de dois anos na região. Essa é uma história típica da mitologia em torno de Jesus – nenhum historiador busca evidências de magos e estrelas-guias, claro. Acreditar nela ou não é questão de fé. Mesmo assim, alguns elementos dessa fé distanciaram-se do que está na Bíblia.

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Por exemplo: não há menção a “reis”. “A tradição popular é que definiu isso, porque trouxeram presentes caros”, diz Irineu Rabuke. O evangelho, aliás, nem diz que eles eram três: só se sabe que eram mais de um, já que são mencionados no plural. Os nomes deles também não aparecem. As alcunhas “Gaspar”, “Melquior” e “Baltazar” são de textos do século 5. O mais provável, enfim, é que esses personagens de Mateus sejam inspirados em sacerdotes do zoroastrismo, uma religião persa ligada à astrologia – daí a “estrela de Belém” e o “vindos do oriente”, onde ficava a Pérsia (que hoje se chama “Irã”).

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Bom, se eles foram imaginados como persas mesmo, essa história tem algo de inusitado do ponto de vista geopolítico, como lembra o teólogo americano John Dominic Crossan: “Acho irônico que, no meu país, tenhamos três iranianos nos nossos presépios”.

Este conteúdo foi publicado originalmente como parte da matéria Jesus – A verdade por trás do mito.

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