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Repensando Haroldo

Criador do Movimento Concretista (com o irmão Augusto de Campos e Décio Pignatari), seu campo de batalha era a palavra.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h26 - Publicado em 30 set 2003, 22h00

Francisco Botelho

“Quem escreve, afinal – o escritor ou a escritura?” perguntava o crítico, poeta e tradutor Haroldo de Campos (1929-2003) em um ensaio de 1997. Na indagação, está presente uma das características mais fundamentais do autor: a concepção da literatura como algo vivo e orgânico. Para ele, escrever era inseparável da consciência crítica e da responsabilidade histórica. Criador do Movimento Concretista (com o irmão Augusto de Campos e Décio Pignatari), seu campo de batalha era a palavra. Com ela construiu uma obra de relevo internacional e tornou-se um dos intelectuais mais importantes da cultura brasileira contemporânea.

Em seu último livro, o poema A Máquina do Mundo Repensada (Ateliê Editorial), Haroldo de Campos levou adiante seu incansável projeto de renovação estética. Carregada de perplexidade metafísica e escrita num ritmo alucinatório, a obra traça um panorama onírico dos grandes sistemas cosmológicos do Ocidente – desde Ptolomeu até a teoria do big bang. Em versos que desafiam os limites da linguagem, Haroldo transforma a contemplação do Universo em uma experiência épica. Para isso, inspira-se em três precursores célebres: Dante, Camões e (como o título sugere) Carlos Drummond de Andrade. Vinculando a tradição poética do Ocidente aos grandes dilemas da física moderna, Haroldo criou uma obra de estranha beleza, em que a lucidez intelectual se mistura à sombria força do mito. Com seu fascínio perturbador, A Máquina do Mundo… é o testamento espiritual de um dos pensadores mais originais de nosso tempo.

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