As habilidades químicas dos egípcios antigos iam além dos processos de mumificação. Os arqueólogos também estão interessados na culinária do povo dos faraós. Dewen Samuel, da Universidade de Cambridge, Inglaterra, conseguiu as primeiras evidências científicas de que as receitas egípcias eram tão sofisticadas quanto as atuais. Ela examinou no microscópio eletrônico restos de pão e cerveja de cerca de 3 500 anos atrás, encontrados nas pirâmides. Segundo Dewen, o pão não levava só farinha de trigo, mas também malte e microorganismos que funcionam como fermento. Mudando o conceito atual, a cerveja não era preparada só com miolo de pão apodrecido dentro de vasilhas de água. Era elaborada com cereais e malte cozidos, misturados com grãos crus e água. Decantada e fermentada, a solução virava uma poção escura.