Sob o Sol do Rio
A imagem acima, de 1919, retrata o início da urbanização do Leblon (em primeiro plano). Trilhos de bonde corriam na avenida Delfim Moreira, ainda em construção.
Texto Marcos Nogueira
O RIO JÁ FOI RETRATADO DE TODOS OS ÂNGULOS – MAS É DO ALTO QUE A BELEZA DA CIDADE SE REVELA POR COMPLETO. OS FOTÓGRAFOS SABEM DIS HÁ TEMPO – POR IS, O ARQUIVO DE FOTOS AÉREAS DA ANTIGA CAPITAL FEDERAL É O MELHOR DO BRASIL. SERGIO ZALIS, DIRETOR DA SUCURSAL CARIOCA DA REVISTA CARAS, SUBIU EM UM DIRIGÍVEL PARA RECRIAR ALGUMAS DAs MAIS IMPRESSIONANTES IMAGENS CARIOCAS FEITAS DO CÉU.
LEBLON E IPANEMA
A imagem acima, de 1919, retrata o início da urbanização do Leblon (em primeiro plano). Trilhos de bonde corriam na avenida Delfim Moreira, ainda em construção. Vê-se só uma casa no bairro – Ipanema, ao fundo, já estava ocupada. aérea de Sergio Zalis busca um ângulo semelhante ao original (tirada do morro por Augusto Malta).
MORRO DA VIÚVA
Esta paisagem mudou drasticamente desde 1920, quando a foto acima foi tirada. A principal alteração foi a construção do aterro do Flamengo (em primeiro plano na foto abaixo), feito para desafogar o trânsito – até 1964, quando o aterro foi inaugurado, a principal via de ligação entre o Flamengo e o Botafogo era a avenida Oswaldo Cruz, situada atrás do morro da Viúva.
RECREIO
Praia a oeste da Barra da Tijuca, o Recreio dos Bandeirantes só passou a ser um destino acessível para o carioca com a inauguração da auto-estrada Lagoa-Barra, em meados da década de 1970. A foto à esquerda, de 1975, mostra o bairro em fase de loteamento, com poucas casas, ruas sem asfalto e a orla pontuada por carros de banhistas.
BARRA DA TIJUCA
Em 1950, quando o fotógrafo Aurelino Gonçalves registrou a imagem em preto-e-branco, a Barra – estuário da lagoa da Tijuca – ainda era uma área selvagem. A ocupação da área, levada a cabo na década de 1970, seguiu um plano traçado pelo arquiteto Lúcio Costa (parceiro de Niemeyer na construção de Brasília).
Rio de Janeiro Vista do Céu – Sergio Zalis, editora Caras, 2005